Redação

De Norte a Sul do Brasil, entregadores de aplicativos cruzaram os braços e realizaram uma forte greve nacional. O “Breque dos Apps”, como ficou conhecido o movimento, exige melhores condições de trabalho para os trabalhadores que atuam para plataformas como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi.

As principais pautas reivindicatórias são:

– Reajuste das taxas de entrega e corrida;
– Fornecimento de EPIs e auxílio em caso de doença;
– Fim do desligamento arbitrário de trabalhadores;
– Seguro e adicional de periculosidade;
– Fim do sistema de concorrência entre os trabalhadores.

“Tivemos um dia vitorioso. Foi uma greve incrível. O dia 1º de julho de 2020 vai entrar para a história. É apenas o começa de algo maior que está vindo aí”, avalia Paulo Galo, organizador do movimento Entregadores Antifascistas e um das lideranças da greve.

A greve mostra à sociedade o elevado grau de precariedade do trabalho dos entregadores, que trabalham muito e ganham pouco. Não existe vínculo empregatício entre os entregadores e as empresas de aplicativos. Além de arriscarem a vida em um dos trânsitos mais violentos do mundo, eles não têm um valor fixo salarial, não recebem 13º, não tem direito a férias remuneradas e a nenhum outro direito trabalhista garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“Os aplicativos são condomínios de luxo que muitos capitalistas querem morar. Não tem que garantir direitos trabalhistas. Não paga salários, não precisa pagar férias, nem alimentação. Isso é muito bacana pra eles”, disse Paulo Galo, em uma entrevista ao Opinião Socialista (leia a entrevista aqui).

Veja como foi a greve dos entregadores de aplicativos pelo país:

São Paulo (SP)

 

Brasília (DF)

 

Salvador (BA)

 

Recife (PE)

 

 

 

 

 

 

 

Vitória (ES)

 

Belo Horizonte (MG)

 

Campinas (SP)

 

Niterói (RJ)

 

Rio de Janeiro (RJ)

 

Belém (PA)

 

Porto Alegre (RS)