PSTU-BA

Petroleiros, servidores públicos federais, professores da rede estadual e da UFBA, estudantes, trabalhadores dos Correios, jornalistas, agricultores rurais, quilombolas, ativistas das lutas contras as opressões participaram da plenária de lançamento do Polo Socialista na Bahia, no último sábado, dia 4.

O petroleiro Ednaldo Sacramento, militante do PSTU, e o professor Francisco Pereira, membro do Laboratório de Estudos e Pesquisas Marxistas (LEMARX/UFBA) fizeram uma explanação sobre o manifesto do Polo Socialista e a conjuntura atual. A atividade foi coordenada pela professora Jeanne Rezende, do Coletivo Reviravolta na Educação.

“A construção do Polo é uma iniciativa nacional, resultado de uma necessidade em apresentar um projeto socialista para responder à realidade que vive a classe trabalhadora brasileira”, disse Ednaldo.

O professor Francisco Pereira destacou que vem crescendo a adesão ao Manifesto, que o movimento que vem crescendo e ressaltou a importância do lançamento do Polo na Bahia, um Estado governado pelo PT há 15 anos, que tem a capital Salvador governada pelo DEM, partido da base de apoio a Bolsonaro.

“Estamos passando por uma crise estrutural que abala os pilares estruturais do capitalismo, que leva a uma ofensiva dos governos sobre as conquistas históricas dos trabalhadores, com imposições de contrarreformas, que afetam a condição de vida da nossa classe. O que exige uma reposta contundente, com um programa socialista e revolucionário, tendo a estratégia do socialismo como guia, para que possamos derrotar o capitalismo”, afirmou o LEMARX/UFBA.

Debate

Vários ativistas fizeram intervenções na plenária. Dona Ana, liderança do Quilombo Quingoma, saudou a plenária pontuando a importância da construção do Polo Socialista e a conexão com as lutas dos povos tradicionais.

“Reivindicamos a luta das grandes mulheres negras como Luiza Mahin, Acotirene, Dandara e tantas outras guerreiras que lutaram por liberdade, que guiam nossos passos nas batalhas que travamos hoje. O governo Rui Costa e a prefeita Moema Gramacho, ambos do PT, querem entregar nosso território à iniciativa privada, mas estamos na luta. O Polo já nasce integrado a esse processo de resistência do povo negro e quilombola”, frisou Dona Ana.

Matheus Araújo, do Movimento Aquilombar, destacou a luta da juventude das periferias contra o genocídio do povo negro. Jailson Lage, da executiva estadual da CSP-Conlutas, falou sobre os enfrentamentos contra o governo Bolsonaro e a traição das direções das principais centrais que abandonaram a luta pelo Fora Bolsonaro e Mourão. A petroleira Leninha Farias, pontuou a luta em defesa das nossas estatais como a Petrobrás.

A professora da UFBA, Sandra Marinho, fez a defesa da construção do Polo como uma ferramenta socialista, com independência de classe, frente ao movimento que a maioria da esquerda faz ao horizonte eleitoral. Posição reforçada por Manoel Messias, da cidade de Seabra, militante da corrente Revolução Brasileira (PSOL).

O professor Antônio Sales, da cidade Alagoinhas, afirmou que a construção do Polo não se resume a uma atuação eleitoral, vai para além disso, está a serviço de uma estratégia: a luta pelo socialismo. Otávio Aranha, militante do PSTU de Salvador, também ressaltou a necessidade da luta pelo socialismo como uma construção diária, daí a necessidade da construção do Polo Socialista nos locais de trabalho, de estudos e moradia.

No final, encaminhou-se pela continuidade do trabalho com o Manifesto, buscando novas assinaturas e adesões.