Foto: Inpe/Divulgação
Redação

Governo Bolsonaro vem batendo recordes seguidos de desmatamento na Amazônia. A área sob alerta de desmatamento durante o primeiro semestre de 2022 é a maior em sete anos, de acordo com sistema de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foram 3.750 km², índice superior ao dos anos anteriores, mesmo sem contabilizar os dados dos últimos 6 dias de junho.

O estado do Amazonas é o primeiro da lista do desmatamento, com 1.131 km², seguido do Pará (1.059 km²) e do Mato Grosso (818 km²).

Os dados de janeiro e fevereiro já apontavam que teríamos um semestre de grande desmatamento no Brasil, já que eles acumularam recordes. Normalmente, o período entre dezembro, janeiro, fevereiro e março acumula taxas menores de desmate já que estão dentro da estação chuvosa da maioria dos estados do bioma amazônico. No entanto, as taxas atuais se comparam aos registros da estação seca em anos onde houve maior ação contra os crimes ambientais.

Em janeiro foram 430,44 km² de área sob alerta de desmatamento. A média para janeiro no período entre 2016 e 2021 é de 162 km²; a taxa atual foi 165% maior.

Em fevereiro foram 199 km² de áreas sob alerta de desmate; a média entre 2016 e 2021 é de 135 km²: o número registrado neste ano é 47% maior.

Durante todo o governo de Bolsonaro, o desmatamento só aumentou nos primeiros semestres de cada ano. Em 2019, foram 2.446 km² de áreas desmatadas na Amazônia. Em 2020, esse número subiu para 3.081 km². Já em 2021, chegou a 3.605 km². Este ano, um novo aumento, batendo o recorde de 3.750 km².

Junho: maior volume de queimadas em 15 anos

Os incêndios na Amazônia atingiram maior volume para junho em 15 anos. Segundo o Inpe, foram 2.562 focos de queimadas na região.

Todos os meses de junho sob o governo Bolsonaro apresentaram aumento de queimadas na Amazônia. Em junho de 2019, foram 1.880 focos. No mesmo mês de 2020, foram 2.248 focos e, em 2021, o número chegou a 2.308. O recorde para o mês é de 9.179 focos, em 2004.

Foto: Ibama/Divulgação

Contra a barbárie ecológica, uma saída socialista!

A exploração capitalista degrada o meio ambiente de uma forma brutal e usa mais recursos naturais do que se pode recompor naturalmente, e tudo isso para alimentar um consumismo desnecessário à população, mas fundamental para o lucro das grandes corporações econômicas. E isso está empurrando o planeta a uma degradação do meio ambiente tal que pode questionar a existência da humanidade.

É necessário impor um desenvolvimento econômico em acordo com as necessidades dos trabalhadores e da população e da preservação do meio ambiente. E, para isso, é fundamental enfrentar as grandes empresas para defender o meio ambiente.

E, para isso, é fundamental enfrentar as grandes empresas para defender o meio ambiente.

Defendemos:

– Expropriar as madeireiras que queimam a Amazônia;
– Prisão aos garimpeiros ilegais e grileiros;
– Fortalecimento dos órgãos ambientais, com execução integral do orçamento, a contratação de equipes novas para ações de fiscalização e a elaboração de um plano real de contingência da perda de floresta;
– Normas para redução da emissão de carbono, com a expropriação das empresas que as rompam;
– Fontes limpas de energia, como a eólica, para ampliar a geração de energia elétrica com preservação ambiental e não com obras monstruosas como Belo Monte;
– Demarcação das terras indígenas e quilombolas;
– Aumento das áreas de preservação ambiental, com fortalecimento dos órgãos públicos de fiscalização e incorporação da sociedade no controle dessas áreas;
– Capitalismo não rima com meio ambiente! Só uma sociedade socialista, igualitária e sem exploradores poderá construir uma relação harmônica com o meio ambiente!