Redação
Privatizada pelo governo Bolsonaro (PL), a Refinaria do Amazonas é controlada pelo grupo Atem desde dezembro do ano passado. Como resultado da privatização, a população do Amazonas paga hoje a gasolina mais cara do Brasil. O preço do gás de cozinha também disparou.
Em apenas um mês, o preço do combustível subiu 11% no estado, mais de cinco vezes mais do que a média nacional. De dezembro para cá, a gasolina nos postos do estado ficou 20% mais cara, enquanto o preço médio nacional subiu 0,8%.
O grupo Atem alega segue os parâmetros de preços internacionais, envolvendo custos como o de câmbio e frete, entre outros, para estabelecer os preços. Contudo, antes da venda da refinaria, a Região Norte sempre teve a gasolina mais barata do país. Desde o início da operação privada, o grupo Atem promoveu sete aumentos no preço do litro da gasolina.
Fim do PPI
O povo brasileiro deveria pagar um preço de custo, já que somos autossuficientes na produção de petróleo e a Petrobrás tem uma estrutura que permite vender os combustíveis a preços mais baratos, pois o país produz a maior parte do petróleo e combustível consumido e os custos de produção não sofreram variação significativa nos últimos anos.
Para isso, é preciso cobrar que o presidente Lula (PT) cumpra sua promessa de campanha e por fim à política de PPI, o chamado Preço de Paridade de Importação. Na prática, essa política deixa o preço do nosso petróleo atrelado ao dólar e ao mercado internacional. Isso significa que os nossos preços não são definidos pelo custo da nossa produção, e sim pelo custo de importação das multinacionais para o Brasil.
Isso precisa ser feito já, para reduzir o valor cobrado para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha. Já são dois meses de governo Lula e a política de favorecimento aos acionistas segue reinando na Petrobrás, enquanto isso a população paga um combustível caro.
É necessário enfrentar os interesses e a ganância dos acionistas privados e estrangeiros. Mas, acima de tudo, é preciso acabar com o processo de privatização da Petrobras, seja barrando processos em curso como a venda de refinarias, como revertendo de forma imediata a entrega criminosa realizada nos últimos anos, reestatizando a BR Distribuidora e outras subsidiárias privatizadas
Para o gás de cozinha e a gasolina serem acessíveis, a Petrobrás tem que ser nossa!
Para isso acontecer, a Petrobrás tem que ser completamente nossa, dos poços de extração até os postos de distribuição. A empresa precisa atender aos interesses da população, e não aos lucros dos ricos e poderosos, como Bolsonaro quer.
Nosso país precisa voltar a ter o monopólio do petróleo e do pré-sal. Quem luta pelo Brasil defende a Petrobrás 100% pública e estatal, controlada pelos trabalhadores.