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Camilo Martin, Diretor do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do PSTU

Camilo Martin e Thiago Leme, diretores do Sindicato dos Metroviários de SP e militantes do PSTU

Os metroviários de Belo Horizonte travam uma greve histórica contra a privatização da CBTU. Já são 14 dias de greve, com 100% dos trabalhadores de braços cruzados reivindicando que o governo Lula cancele a absurda privatização. O leilão aconteceu no apagar das luzes do governo da extrema-direita de Bolsonaro – com o aval do governo recém-eleito de Lula – e foi entregue a preço de banana para o grupo Comporte Participações S/A, que ofereceu o único lance, de R$ 25,75 milhões.

A privatização, longe de atender a necessidade de melhoria do transporte público, vai aprofundar a precarização do transporte, pressionando, por um lado, pelo aumento constante da tarifa e, por outro, pela destruição de condições dignas de trabalho. Essa situação já é realidade onde ocorreram as privatizações como no exemplo do Metrô privatizado do Rio de Janeiro e na recente privatização nas linhas 8 e 9 dos trens de São Paulo.

Não é de hoje que os governos que representam a burguesia brasileira tem vendido os serviços públicos, inclusive em áreas estratégicas, para ser explorado pelos capitalistas. É a velha cartilha neoliberal do Consenso de Washington, que é parte central na crise dos serviços públicos. Mas a crise capitalista e a decadência do país tem ampliado a rapinagem e, neste momento, transporte, saneamento e energia estão entre os alvos da vez.

Neste dia 28, terça-feira, haverá o dia nacional de lutas contra a privatização do Metrô de BH e centenas de metroviários estarão em Brasília para exigir do Governo Federal o cancelamento do leilão da privatização. É preciso cercar de solidariedade os mais de 1600 trabalhadores metroviários que travam esta dura batalha que tem consequências para toda a classe trabalhadora.