A explosão da gripe suína vai significar uma tragédia, principalmente para os trabalhadores e o povo pobre, as principais vítimas do caos na saúde pública. Enquanto o número de casos cresce, fica claro que não há nenhum plano do governo para enfrentar a pandemia. É necessário exigir do governo Lula um plano nacional de combate à gripe suína.

Plano nacional
Um plano nacional que incorpore toda a rede pública de saúde. Para criá-lo, o governo precisa liberar verbas emergenciais para aquisição de medicamentos, treinamento de pessoal e realização de campanhas publicitárias de prevenção. A população não pode aceitar mais nenhum corte de verbas na saúde. O governo deve romper com o pagamento da dívida pública e destinar esse dinheiro para o combate à gripe. Os estados e municípios também devem parar de pagar a dívida e cumprir a orientação da Constituição, que determina o gasto de 12% do orçamento estadual e 15% do municipal com a saúde.

As informações do governo sobre a doença são totalmente insuficientes. O governo precisa dizer a verdade e fazer uma ampla campanha na rádio e na TV explicando como evitar a contaminação.

Vacina e medicamentos
Faltam medicamentos para o tratamento e sua compra é muito cara. É preciso quebrar a patente do medicamento Tamiflu para massificar sua produção e distribuí-lo gratuitamente à população. O monopólio desse medicamento não pode ficar nas mãos de um laboratório estrangeiro, em busca apenas de lucro.

Além disso, o governo deve realizar uma grande campanha de vacinação. A OMS já anunciou que não haverá vacinas para os 6,8 bilhões de habitantes do planeta. Até agora, 1,8 bilhão de doses já foram adquiridas de forma antecipada por países ricos. Para produzir vacinas, o governo deve quebrar as patentes das indústrias farmacêuticas.

Leitos
De acordo com o Datasus, em 2005 havia 443 mil leitos hospitalares disponíveis e não faltavam lugares. O problema é que a distribuição dessas vagas não é uniforme entre a rede pública e privada. Para enfrentar essa situação, os leitos dos hospitais privados devem ser disponibilizados inclusive para aqueles que não possuem convênio particular. Os que se recusarem a realizar o atendimento devem ser estatizados.

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