A intervenção do governo dos Estados Unidos com a estatização do seu sistema financeiro deu um duro golpe em toda a propaganda ideológica do chamado livre mercado. Muitos líderes de Estado, como Lula e Nicolas Sarkozy, da França, estão dizendo que o neoliberalismo acabou.

“É o fim do capitalismo laissez-faire. É o fim do mercado todo-poderoso”, disse o francês. Mas eles sempre aplicaram a cartilha neoliberal em seus países. E não existe nenhum projeto capitalista alternativo hoje.

A superioridade das empresas privadas, consideradas muito mais eficientes que as estatais, e a auto-regulamentação do mercado (a chamada mão invisível), nunca existiram. Sob esse discurso privatizaram nossas estatais a preço de banana, impuseram políticas fiscais para garantir os pagamentos da dívida externa e os direitos dos trabalhadores viraram pó.

Mas a idéia de que o Estado deve intervir menos na economia sempre muda quando chega a hora de salvar grandes empresas privadas em crise. O Estado sempre ajudou os grandes empresários a concentrar capital e escapar das crises. A crise joga por terra o lixo que tomou conta do pensamento econômico e político nos últimos trinta anos, a ideologia neoliberal.

É claro que seus defensores vão tratar de reformá-la para que siga dando as cartas em todo o mundo. Afinal, será preciso que as pessoas voltem a acreditar na suposta força do mercado.

Agora é hora de retomar o debate socialismo x capitalismo. A “vitória definitiva do capitalismo” está caindo ao chão, junto com os índices das bolsas de todo o mundo.

É hora de novamente fazer do socialismo a bandeira de milhões de trabalhadores. Um socialismo diferente do desastre burocrático do stalinismo, revolucionário. Essa é a única saída diante da exploração capitalista que conduzirá a humanidade fatalmente à barbárie.

Post author Diego Cruz e Jeferson Choma, da redação
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