Assembleia em São Paulo
Kit Gaion

Enquanto não houver nova proposta de acordo os trabalhadores dos Correios continuarão paradosEm todo o país, os trabalhadores dos Correios decidiram em assembleias, que ocorreram nesta terça-feira, dia 15, pela greve por tempo indeterminado. Em São Paulo, a assembleia contou com a presença de mais de 4 mil trabalhadores. O diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores) e membro da Oposição Nacional de Correios, ligada à Conlutas, Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, informou que a paralisação é nacional e mais de 80% dos trabalhadores aderiram.

A proposta apresentada pela empresa é de reajuste salarial de 4,50%, referente ao índice do IPCA, e foi rejeitada pela categoria. “Nós esperamos até o dia 15 por uma nova proposta, porém não obtivemos resposta”, disse Geraldinho.

Geraldinho alegou que houve enrolação por parte da empresa nas negociações durante dois meses. “Esperamos que com a decretação da greve, as negociações aconteçam e surjam novas propostas”. Segundo ele, enquanto não houver acordo, os trabalhadores continuarão parados.

Estão em greve os 27 estados e Distrito Federal. Dos 35 sindicatos filiados à Fentect, 33 aderiram ao movimento. As principais reivindicações da categoria são por reposição de 41% das perdas salariais; aumento real linear de R$ 300 para todos; fim das metas, dobras e sobrecarga de serviço; redução da jornada sem redução salários e direitos; fim das terceirizações e privatização; e não aos Correios S. A., em defesa dos correios 100% público e estatal.

Novas assembleias acontecerão hoje, dia 16, em vários estados para discutir os rumos da greve. Os trabalhadores lutam para que suas reivindicações sejam ouvidas e que a empresa apresente nova proposta.