Detalhe de ato em defesa do povo síria, em São Paulo

Em São Paulo, manifestantes saem às ruas em apoio a revoluçãoNovos e isolados combates entre militares e desertores sírios foram registrados em Damasco, na madrugada da última segunda-feira, 18. Os tiroteios chegaram ao centro da capital síria. O combate se estendeu por horas e pelo menos quatro soldados sírios morreram e 16 ficaram feridos. Os rebeldes também tiveram quatro mortes e outras de dezenas de feridos.

Os combates em Damasco são considerados os mais importantes desde o início da revolução síria, que completou um ano no dia 15 de março. “Esses confrontos foram os mais violentos e os mais próximos do quartel-general das forças de segurança em Damasco desde o início da revolução síria”, disse um dirigente oposicionista a Agência Reuters.

Algumas horas antes dos combates, a capital foi sacudida pela explosão de duas bombas que matou ao menos 27 pessoas. Neste final de semana, outro carro-bomba explodiu em uma área residencial de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. Obviamente, que a versão oficial é de que “terroristas” realizaram o atentado. No entanto, há motivos de sobra para suspeitar de uma provocação organizada pela própria ditadura.

O tiroteio em Damasco teve início no distrito de al-Mezze. O conflito na cidade que centraliza todo o poder do ditador Bashar Al-Assad indica uma resposta militar dos rebeldes que foram forçados fugir das cidades de Homs e Idlib. Combatentes rebeldes também foram forçados a fugir da cidade de Deir al-Zor, no leste do país, após uma ofensiva do exército de Assad. Até o momento, a ofensiva do regime já provocou pelo menos 8 mil mortes, segundo as Nações Unidas.

No entanto, parece que todo o banho de sangue está longe de abalar a rotina do ditador. Recentemente o jornal britânico “Daily Telegraph”. divulgou emails trocados entre Assad e sua esposa Asma. A correspondência revela que, entre um massacre e outro, o casal realiza compras de artigos de luxo e jóias pela na internet e faz comentários se referindo aos manifestantes como “lixo”.

Solidariedade ao povo sírio
A revolução síria e o mais recente e dramático capitulo da chamada “Primavera Árabe”, onda de levantes revolucionários que derrubou os ditadores da Tunísia, Egito e Líbia e ainda atingiu países como Marrocos, Jordânia e Iêmen.

Em várias cidades do mundo, o primeiro ano da revolta foi lembrado com protestos e manifestações. Em São Paulo não foi diferente. No dia 18, ocorreu uma marcha na Avenida Paulista em apoio à revolução na Síria. A marcha contou com 250 pessoas entre ativistas da causa árabe e organizações de esquerda. Estavam presentes a manifestação representantes da CSP-Conlutas, do sindicato dos metroviários de São Paulo e do Sintusp (funcionários da USP).

O ato contou com várias intervenções. Os representantes da comunidade árabe defenderam o envio de armas para os revolucionários se defenderem, e a continuidade da revolução para retomar as Colinas de Golã, roubadas da Síria pelo estado de Israel, enclave militar do imperialismo na região.

Os manifestantes também criticaram duramente os governos imperialistas e árabes, que propõe o afastamento de Bashar Al-Assad, mas mantendo a posse do vice presidente do país. Dessa forma pretendem manter o regime intacto.

O PSTU esteve presente na manifestação demonstrando todo seu apoio à revolução síria e defendendo as bandeiras que levarão o povo sírio a sua libertação. Abaixo a ditadura! Não à intervenção imperialista na Síria!