.Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Nikaya Vidor, da Secretaria LGBTI do PSTU

A homofobia mata. O Brasil é um dos países onde se tem mais mortes de LGBTIs.  A fala do candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (PL), a Eduardo Leite (PSDB) sobre sua homossexualidade é reflexo de uma cultura homofóbica que humilha pessoas LGBTIs, as segregando e discriminando. Em sua propaganda eleitoral, Onyx afirmou que, caso eleito, o estado teria “uma primeira-dama de verdade”, referindo-se à homossexualidade do adversário.

Essa segregação e violência é o que leva à maior parte de mortes de pessoas LGBTIs do país, principalmente as LGBTIs pobres e trabalhadoras, que são a maioria. Por isso, é necessário repudiar esse ato homofóbico. A LGBTIfobia sobre hipótese nenhuma deve ser tolerada, pois se trata de uma violência mortal.

Evidentemente, condenar essa violência homofóbica não significa, em nenhuma instância, apoiar politicamente Eduardo Leite. Ele é um dos grandes representantes dos ricos que defende projetos de privatização, principalmente da educação. E tais projetos atacam a classe trabalhadora em conjunto, principalmente as LGBTIs trabalhadoras, aumentando o desemprego e destruindo os serviços públicos que a classe depende para viver, afinal a maior parte está desempregada e não tem renda para pagar por serviços privados.

Porém, mesmo que não se possa ter nenhuma confiança política em Eduardo Leite, não se pode aprovar a ofensa homofóbica que ele passou. Homofobia precisa ser condenada, Onyx precisa pagar por essa discriminação homofóbica.Basta de homofobia, e basta de projetos que ataquem a classe trabalhadora como as privatizações.