No dia 24 de fevereiro, a polícia do Rio de Janeiro prendeu o diretor do Sindicatos Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e militante do PSTU, Gualberto Tinoco – o Pitéu, como é conhecido.
Ao comparecer na 1ª Delegacia Policial (praça Mauá), atendendo convocação para prestar depoimento sobre o protesto dos servidores estaduais realizado na semana passada em frente à Assembléia Legislativa – quando servidores cercaram o carro da governadora Rosinha – Pitéu foi detido com base em um mandado de prisão por desacato de autoridade expedido – pasmem! – na década de 70, em função de protestos contra a Ditadura Militar. Pitéu só foi liberado no dia seguinte, pela manhã, após uma campanha e a exposição da prisão nos principais jornais.
O governo do Rio enfrenta uma greve dos servidores estaduais, porque não pagou o 13º salário alegando falta de dinheiro. A mesma conversa de todos aqueles que para “não romper contratos“ com os banqueiros, não titubeiam em dar calote nos trabalhadores
A prisão de Pitéu é uma retaliação política contra os grevistas e contra o sindicato. Um atentado ao livre direito de greve e de manifestação e tão mais indignante, quando para tal fim, se usa de um mandato de prisão da Ditadura contra um ativista que foi às ruas para derrubá-la.
Se isso não bastasse, no mesmo dia, em que o Rio foi tomado de “assalto“ pelos traficantes, a polícia da governadora Rosinha prende um sindicalista e – ainda por cima – coloca-o na Polinter.
O governo, a Justiça e a Polícia do Rio tão incompetentes e covardes diante dos verdadeiros chefões do tráfico, que, todos sabem, não vivem nas favelas e nem encontram-se nas prisões; ressuscitam de forma absurda a perseguição, repressão e prisão política.