Agência Brasil

Derrotar Bolsonaro nas urnas e nas ruas! Preparar a Greve Geral em defesa da aposentadoria, dos direitos trabalhistas e do emprego!

Há uma enorme insatisfação popular com os governos e políticos devido ao desemprego, miséria, violência e corrupção que assolam o país. A burguesia, os meios de comunicação e todo o sistema buscam canalizar esse sentimento para as urnas, afirmando que serão elas que definirão seu destino. Mas as eleições não mudam de fato a vida, e a classe trabalhadora e o povo pobre não devem ter qualquer ilusão com qualquer que seja o futuro governo. Tanto Jair Bolsonaro do PSL quanto Fernando Haddad do PT, se eleitos, atacarão os direitos e condições de vida dos trabalhadores e do povo pobre para favorecer os banqueiros e grandes empresários. Por isso, desde o primeiro dia devemos fazer oposição ao futuro governo e estarmos preparados para lutar em defesa da aposentadoria, do 13º salário, do emprego, por saúde e educação e dos direitos dos oprimidos, entre outras questões.

Bolsonaro defende um projeto de ditadura para o nosso país e, se eleito, vai tentar acabar com as liberdades democráticas e o direito de oposição e de manifestação.

Elogia a ditadura militar que existiu no Brasil após o golpe militar de 1964 e que durou 21 anos, que pôs fim à eleição direta para Presidente, ao direito de greve e de manifestação, à liberdade de expressão, de organização sindical e política. Para defender os interesses dos grandes empresários e dos bancos, a ditadura prendia, torturava e chegava a assassinar os que discordavam, os que ousavam fazer oposição. Assim, exploravam o povo e o trabalhador não podia reclamar de nada; sequer os escândalos de corrupção eram apurados. É isso que Bolsonaro e seu vice, o general Mourão, dizem que vão fazer no país “se for necessário”. Por isso, o PSTU defende que os trabalhadores votem contra o Bolsonaro no dia 28 de outubro. Defendemos o voto no Haddad, no 13, mas sem dar qualquer apoio ao PT. Não podemos deixar de lutar contra um projeto de ditadura no país.

No Rio de Janeiro, é voto nulo!
No Rio de Janeiro, os trabalhadores e o povo pobre não têm alternativa e por isso devem votar nulo nas eleições do dia 28 de outubro. Tanto Wilson Witzel como Eduardo Paes defendem os interesses dos ricos e poderosos e vão governar contra os trabalhadores e o povo pobre. Não há como depositar qualquer confiança em um ou outro.

Witzel abandonou o cargo de juiz depois de responder a processo correcional e acumular irregularmente gratificações. Se eleito, Witzel vai atacar os aposentados e servidores públicos, privatizar as universidades estaduais como a UERJ e aumentar ainda mais a violência e genocídio da população pobre e negra, pois já declarou que vai autorizar a polícia atirar para matar. Seu programa inclui ataques como a militarização das escolas e a demissão de funcionários públicos. Witzel é testa de ferro de empresário e, no governo do Rio de Janeiro, vai repetir o desastre da administração de Crivella no município do Rio.

Eduardo Paes é antigo conhecido dos cariocas. Filhote de César Maia, Paes foi Secretário-Geral do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, que acabou com monopólio nacional do petróleo e privatizou estatais. Posteriormente, se aliou a Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, que se encontra encarcerado junto com Picciani e cia. por incontáveis escândalos de corrupção, a começar pelo superfaturamento das obras para a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas Rio 2016. O ex-prefeito do Rio só disputa a eleição porque está sob efeito de uma decisão liminar da Justiça, já que se tornou inelegível por oito anos após ser condenado por abuso de poder político-econômico pelo TRE-RJ.

Witzel apoia abertamente a eleição de Bolsonaro. Por isso, muitos ativistas honestos fazem uma relação direta com o segundo turno presidencial e, mesmo a contragosto, votarão no Paes como um “mal menor”, ou para “derrotar o fascismo no Rio”. Mesmo organizações da dita esquerda, como o PSOL, soltaram nota contra o Witzel, sem chamar voto nulo. Ou seja, na prática, chamando a população a votar no Paes.

Queremos dialogar com esse pensamento e demonstrar as diferenças que há entre o cenário eleitoral nacional e o estadual.

Em primeiro lugar, Paes, apesar de declarar neutralidade para a disputa presidencial, já fez uma série de acenos a favor de Bolsonaro. No último debate promovido pelo O Globo e Extra, dia 17 de outubro, os dois candidatos a governador chegaram a disputar qual deles era mais próximo pessoalmente do presidenciável do PSL. Eduardo Paes afirmou que se alinha à agenda de Bolsonaro na questão de segurança pública e que se identifica com a agenda econômica de Paulo Guedes, cotado como ministro da Fazenda de um eventual governo do presidenciável. Não tenhamos dúvida: ambos serão base de apoio de um eventual governo Bolsonaro.

Além disso, diferentemente das eleições presidenciais, o governo do estado não tem a possibilidade de mudar o regime do país, não há como fazer uma “ditadura estadual”. Votaremos 13 para presidente pelo risco que há de um fortalecimento de um projeto ditatorial para o país. No caso do estado, não se justifica um voto no 25 pelo mesmo motivo.

Preparar as lutas pelos direitos e contra o autoritarismo!
É preciso desde já preparar a luta em defesa dos nossos direitos, seja qual dos dois candidatos for eleito no segundo turno, tanto nacionalmente quanto no estado. E precisamos estar prontos para enfrentar e derrotar Bolsonaro e seu autoritarismo nas ruas, caso infelizmente seja eleito. Nossa classe quando está unida e organizada é mais forte do que todos eles e pode derrotá-los.

Não vamos aceitar o genocídio e encarceramento em massa da nossa juventude pobre e negra das periferias. Não podemos tolerar o feminicídio e o altíssimo grau de violência que tem se abatido sobre as mulheres em nosso país. Ou que as trabalhadoras ganhem menos dos que os homens, nem creches tenham para deixar os filhos e ainda tenham que ouvir que filhos criados por mães solteiras e avós são desajustados. Não podemos tolerar que os nordestinos sejam chamados de vagabundos e que LGBT’s sejam insultados por Bolsonaro e pelos coordenadores da sua campanha.

É necessário construir a unidade para lutar. Construir a Frente Única para defender a aposentadoria, impedir que retirem nossos direitos, exigir empregos. Assim como a frente única é necessária para derrotar, nas ruas, o autoritarismo de Bolsonaro e da cúpula militar que o apoia.

Na luta vamos organizar a nossa classe por baixo, para fazermos uma Rebelião nesse país, e construir um governo operário e popular, dos debaixo, para governar com Conselhos Populares, com democracia operária.

Vamos preparar já as condições para uma nova Greve Geral.

O Brasil precisa de uma rebelião operária e popular e um projeto socialista!

Ditadura nunca mais!