No dia 22 de junho, milhares de gays, lésbicas, travestis e heterossexuais simpatizantes da luta contra a homofobia tomaram a avenida Paulista no que se transformou na terceira maior parada GLBT do mundo. Com muita animação, os trios elétricos invadiram o centro de São Paulo trazendo muita irreverência.
Este ano, com medo de ser vaiada, a prefeita Marta Suplicy não discursou. O sentimento de revolta contra a prefeitura é grande, especialmente entre os setores mais ativos do movimento. Depois de eleita, Marta deu as costas à comunidade GLBT.
As primeiras paradas no Brasil surgiram na década passada como espaço de luta contra a opressão homofóbica. A Secretaria Nacional GLBT do PSTU junto com outras entidades esteve à frente da organização das primeiras manifestações em diversas cidades do país. Esses espaços tinham como objetivo, originalmente, denunciar a homofobia e abrir caminho para a luta contra a opressão.
Para além do dia do Orgulho, o Brasil continua sendo um dos países com o maior índice de agressões a homossexuais, chegando a mais de 100 assassinatos por ano. É preciso dizer também que o contínuo e crescente sucateamento da educação pública só mantém e incrementa o sistema de reprodução da homofobia na escola. Também uma das maiores bandeiras do atual governo, a reforma da Previdência, vem atacar direitos dos trabalhadores justamente onde o movimento GLBT tem obtido grandes vitórias, com jurisprudência formada no sentido de garantir a extensão de direitos previdenciários a parceiros de trabalhadores homossexuais.
A primeira bandeira do movimento GLBT precisa ser a formação de uma organização nacional que unifique os mais de 100 grupos em torno a uma pauta única de reivindicações e luta. Uma organização independente e autônoma das decisões do governo.
Saiba mais sobre as Paradas e tenha informações
sobre o movimento no site do PSTU:
www.pstu.org.br/glbt
Post author Leandro Paixão,
da Secretaria Nacional GLBT do PSTU
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