Hertz em Volta Redonda

Na última semana Hertz esteve em Volta Redonda (RJ) onde participou da Batalha do Trote (veja abaixo). Leia a carta que o pré-candidato do PSTU à presidência escreveu para a juventude de lá!

Hertz em VR

Batalha do Trote em Volta Redonda com Hertz Nessa quinta feira, 12 de Abril, o movimento Revide e Avance, impulsionado pelo PSTU, fez a primeira batalha do conhecimento na praça do trote em Volta Redonda. Contanto com o apoio das organizações do rap da cidade (VG Crew, Zona Norte, Coliseu e Laboratório 96) conseguimos reunir cerca de 100 pessoas na praça pra mostrar que o rap é cultura de resistência dos mais explorados e oprimidos e isso se expressou nas batalhas. Os temas de casa round da batalha eram escolhidos pela plateia, e escritos num quadro de giz, voltando a raiz do hip hop, relembrando as batalhas do mestre Marechal.E dentre eles foram citados intervenção militar, revolução, estupro, legalização já, PM, racismo e feminismo. Mas não parou por aí! Os mcs conseguiram se superar expondo em seus versos a traição do PT, o ódio pelo congresso, Temer e Bolsonaro, e que a saída é a revolução mundial proposta por Trotsky. Para além disto, se fez presente Hertz, que conseguiu emocionar todos com seus versos e mostrar que as rodas de rima serão a resistência da fúria revolucionária que está chegando. Nosso movimento se mostrou presente pra fortificar a cena e o cenário político, para educar e avançar. Hip hop é cultura e resistência, nossa arma quando a burguesia pedir clemência!

Posted by Rebeldia – Juventude da Revolução Socialista on Friday, April 13, 2018

Molecada entrincheirada, não ergue bandeira branca/ vai morrer pisoteada levada que não levanta” (“A vida e a Rima”, Gíria Vermelha)

A maioria de vocês nasceu na guerra, se criou na guerra, são sobreviventes da guerra. Por isso, a narrativa do “golpe” passou longe dos ouvidos de vocês, nem entrou. Muitos de vocês se foram nessa guerra, mas a memória da guerra está viva, o rap registrou!

No meio de vocês existem outras “narrativas” mais atraentes. Anjos de um lado, demônios do outro. Uns prometendo o paraíso celeste, outros querendo arrastar vocês pro fundão do inferno, mas vocês, acertadamente, optaram pela revolução, pela destruição deste inferno capitalista, seguindo os métodos da nossa classe operária. Isso é lindo de ver.

Para muitos analistas da luta de classes, vocês sequer existem e nem muito menos Zumbi e Trotsky existem para vocês. Deixem que pensem!

A vida é dura nos porões da nossa classe, onde vocês vivem. É onde tem de tudo, e eu nem preciso narrar, mas preciso dizer, não tem ratos. Os ratos subiram os degraus em direção ao topo do edifício, onde se juntaram com a rataria burguesa para atacar os daqui de baixo. Mas hoje eles estão divididos. Que bom, hein? Entenderam porque a queda tão foi rápida e o baque foi tão destrutivo? Mas, eles não entendem porque vocês não choraram, porque vocês não se lamentaram?! Jamais entenderão! Aquelas lagrimas lá que vi descendo do cantinho dos olhos de muitos de vocês foi por outras causas, causas nobres, causas revolucionárias.

Para traidor traído os olhos de quem está mergulhado na guerra não lacrimejam. Não existe tempo e nem paciência para isso. Os olhos já estão fixados em outra direção. Pois é, e nem foi preciso lê Rosa Luxemburgo para entender que se o capitalismo não for destruído, a barbárie se consolida como alternativa em nosso meio. Ela já está aqui nos porões, se alimentando da desgraça que a própria burguesia planta todo santo dia entre nós, para nos dividir, para nos explorar, para nos exterminar. E não existe reformismo que dê jeito nisso. Existe revolução para acabar com isso.

Reformar é preservar e preservar o capitalismo é o que tem em comum entre os reformistas e toda a direita. A depender da situação, a burguesia pode optar tanto por um quanto pelo outro. Ambos são necessários para a existência do capitalismo. Mas, também, a depender da situação, a burguesia pode chutar a bunda tanto de um quanto do outro. Nós não somos burgueses, por isso não temos que optar nem por um e nem pelo outro. Repito: nossa opção é outra, é fazer revolução junto com a classe operária.

Toda a experiência vivida nos últimos anos com o PT não foi um “teste drive”. Genocídio, feminicídio, encarceramento em massa são dramas de uma página da nossa história escrita a ferro, fogo, traição e sangue humano. E assim prossegue com Temer, o ex-vice da Dilma, e assim Bolsonaro quer que prossiga. Programa que não chama a nossa classe a se rebelar contra tudo isso aí, não serve!

O “urso traidor” já abraçou um monte de organizações, ele não quer se afogar sozinho no rio de fezes de um capitalismo em estado de decomposição. E agora estão a nos chamar e a nos xingar por não atendermos a esse chamamento. Tal como vocês, molecada, agradecemos ao convite e desejamos a eles um bom mergulho coletivo.

Sigamos por aqui, firmes, no caminho da revolução socialista, pois para nós e para vocês não existe outro caminho como alternativa, senão o caminho da revolução!

Foi grande a satisfação em conhecê-los!