No dia 7 de março, durante atividade sobre o dia Internacional da Mulher Trabalhadora, sede do PSTU foi alvo de ataques

Na noite do dia 7 de março, a sede do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) em Teresina foi mais uma vez alvo de ataques. A agressão se deu durante o momento em que o partido realizava um evento em que rememorava o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, através de um debate sobre “Violência contra a mulher”, o que foi ainda mais revoltante para o conjunto da militância do PSTU, simpatizantes, ativistas e visitantes que participavam desta atividade.
 
No ano passado, a sede do PSTU no Piauí já havia sofrido ataques como pichações e até ações bem mais graves, como arrombamento e roubo de documentos e equipamentos, cujos autores ainda não foram identificados. Por isso, não descartamos a hipótese de tais agressões estarem correlacionadas com os fatos ocorridos na noite de 7 de março.
 
No dia 7, Teresina teve três eventos relacionados ao Dia Internacional da Mulher. E em todas estes eventos, militantes do PSTU estiveram presentes. Pela manhã, participamos do ato contra a violência à mulher promovido pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Movimento Mulheres em Luta (MML), Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL), Central Sindical e Popular CSP-Conlutas e outras entidades, na Praça Pedro II, no centro da cidade. Na parte da tarde, aconteceu a atividade “batucada feminista”, no canteiro central da Av. Frei Serafim, no centro da cidade, também no centro de Teresina, em que estiveram presentes as entidades acima, assim como um grupo de punks, dentre outros. À noite, o PSTU realizou mais uma edição do projeto “Sexta Socialista”, com um debate na sede do partido, tendo como centro a temática do combate à violência à mulher e ao machismo, que recentemente vitimou uma de nossas militantes em Recife-PE, a companheira Sandra Fernandes, e seu filho de 10 anos, Icauã.
 
Pouco depois do início das exposições da mesa do debate no PSTU, cerca de 20 pessoas do grupo de punks que estava presente na atividade “batucada feminista” chegou até a entrada da sede do nosso partido gritando ofensas contra nossa organização, dentre elas uma de cunho homofóbico: “PSTU vai tomar no C…!”. Tal grupo ainda jogou objetos contra a sede do partido e contra os participantes do debate. A intenção do grupo, pelo grau de agressividade que se viu, era de atacar a sede do PSTU e impedir a continuação do evento. A presença de um número representativo de militantes do partido, assim como de pessoas presentes ao evento, intimidou a ação do grupo agressor, que recuou da tentativa de mais agressões e até mesmo de uma possível invasão à sede.
 
O PSTU vem a público não só registrar tal fato lamentável e infame como repudiar as agressões dirigidas não somente ao nosso partido quanto, também, a todas as mulheres lutadoras que estavam em um evento que buscava justamente combater o machismo que fora demonstrado na ação desse grupo agressor. Ações dessa natureza devem ser extirpadas do nosso meio e, ao mesmo tempo, denunciadas por todos os movimentos sociais e entidades políticas. Da nossa parte, queremos deixar público que não iremos aceitar tais intimidações e realizaremos todas as ações cabíveis, inclusive o uso do direito à autodefesa, para que atos de natureza machista, intimidadora e antidemocrática de qualquer grupo não nos atinjam. Atos de covardia e machismo não passarão!
 
Por outro lado, mantemos nossa disposição para travar as discussões que forem necessárias com militantes de organizações honestos que divergem politicamente de nosso partido, pois acreditamos que diferenças políticas entre entidades organizadas que reivindicam a superação do capitalismo podem ser resolvidas com um debate franco, e não com agressões físicas e utilização do método da calúnia. Desta forma, mesmo com as divergências políticas entre organizações de esquerda, é possível atuar em unidade contra a direita (PSDB, DEM, PSB…) e contra os governos do PT, dentre outros, que buscam no momento criminalizar os movimentos sociais e retirar os poucos direitos democráticos que ainda dispomos. Unidade esta que já vem ocorrendo entre diversas organizações, em nível nacional, contra Projetos de Lei que tramitam no Congresso Nacional que tratam como “terroristas” os que participam de movimentos sociais.
 
Agora e na Copa, vai ter luta! Nossa luta será ainda mais forte se houver o devido respeito entre os lutadores de diferentes grupos políticos, sem que se abra mão de continuar os saudáveis e necessários embates ideológicos sobre as formas de emancipação da classe trabalhadora, da juventude e do povo pobre, contra a exploração capitalista.