Parte da mídia destacou que os números do IBGE de 2000 mostraram que houve um aumento do rendimento médio das mulheres em relação a 1991 (um crescimento relativo de 61,5%). O que faz sentido, já que aumentou o número de mulheres que procuraram o mercado de trabalho, a ponto de 25% das famílias serem hoje de responsabilidade de mulheres (pelo critério de quem recebe a maior remuneração na família).
Mas não há como esconder a profunda desigualdade salarial. A renda média das mulheres que chefiam suas famílias é 40% menor que a dos homens responsáveis pelo domicílio.
Das 11,1 milhões de mulheres que chefiam famílias, cerca de 5,5 milhões sustentam suas famílias com salário médio de R$ 276 reais!
O próprio IBGE não esconde que além de pior remuneradas, e mais pobres, 90% das mulheres que são chefes de famílias também cuidam dos afazeres da casa, ou seja, a dupla jornada aumentou.
O desemprego também afeta as mulheres. Segundo o IBGE, mais de 22 milhões de mulheres tem dificuldades permanentes em se encaixar no mercado de trabalho.
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