O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou, no dia 11, o adiamento da marcha nacional pela reforma agrária, que teria início no dia 17 de abril, data da chacina de sem-terras em Eldorado dos Carajás (PA).
O comunicado, assinado por João Pedro Stédile e João Paulo Rodrigues, ambos da direção do MST, justifica o adiamento por fatores relacionados com a conjuntura política e com a necessidade de preparação da logística. O comunicado foi divulgado um dia depois que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, declarou o desbloqueamento de R$ 400 milhões para assentar mais 30 mil famílias. Isso poderá garantir o assentamento de 70 mil famílias em 2005, muito longe, por sinal, da meta estipulada pelo próprio governo, de assentar 115 mil famílias neste ano.
A marcha pretendia chegar à Brasília no dia 3 de maio, onde se reuniria com protestos promovidos por movimentos indígenas acampados na Esplanada dos Ministérios. Com o adiamento, a direção do MST pretende agora iniciar a marcha no dia 2 de maio, prevendo a sua chegada em Brasília no dia 17.