No dia 31 de abril, o Movimento Ruptura Socialista (MRS) realizou no auditório da Fatec seu primeiro encontro em São Paulo. Cerca de 270 pessoas, vindas de diversos bairros da capital e interior paulista, reuniram-se para debater os principais problemas enfrentados pela juventude e propostas de mobilização.
O encontro começou com uma exposição sobre conjuntura internacional e juventude, feita por Dirceu Travesso, da CUT-SP, e Ibraim, da União da Juventude Árabe para a América Latina. Em seguida, Zé Maria, candidato do PSTU à Presidência em 2002, falou sobre o governo Lula e as lutas sociais.
Houve apresentações culturais, como a do grupo de teatro Essenciarte, com a peça Amor e ódio, e a do grupo de Hip-Hop B-Boys Brakers.
Depois os participantes formaram grupos de discussão, nos quais foram aprovadas, entre outras resoluções: realizar um curso sobre a Alca e impulsionar a campanha pelo plebiscito oficial; ajudar na fundação de grêmios e centros acadêmicos; realizar em 28 de junho o Fórum de Grêmios de São Paulo; retomar a campanha do passe-livre e organizar outros encontros.
O Encontro reuniu muitos estudantes que tomaram contato com o MRS nas escolas e faculdades, como Fábio Luís de Lucas: Conheci o MRS num debate sobre a guerra. Me interessa a força de mobilização, de resistência contra a opressão. Me atrai a movimentação contra a Alca e a guerra. O caminho é esse, unindo a juventude, indo à luta, sem ficar só em debates.
Além da discussão internacional, o MRS também propõe a organização da juventude para lutas específicas e para somar às mobilizações dos trabalhadores. Como afirma Jorge de Oliveira Silva, o Jorjão, militante do PSTU na Zona Leste, temos no MRS uma grande parcela da juventude que é trabalhadora, já parou de estudar e está de fora da universidade. Procuramos agir nos bairros, comunidades e movimento popular, lutando contra esse sistema que oprime a juventude e os trabalhadores.
Post author Valério Paiva,
de Bauru (SP)
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