Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos (SP) realizaram uma paralisação nesta quinta-feira, dia 26, contra a guerra de Bush e marcando o lançamento da campanha salarial de emergência. Os cerca de 8.500 funcionários da empresa norte-americana atrasaram em duas horas a entrada dos turnos, às 5h30 e 14h30.

De acordo com o presidente do sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, é grande a revolta dos metalúrgicos contra a guerra. “Os trabalhadores estão conscientes que essa guerra insana só está servindo para atender os interesses dos Estados Unidos. Por isso, os metalúrgicos vão se somar aos milhões de trabalhadores que todos os dias vão às ruas protestar contra mais esse ataque imperialista”, declarou Mancha.

Além dos metalúrgicos, os protestos contra a guerra em São José dos Campos reúne principalmente a juventude da cidade. Na tarde desta quarta, 26, foi realizada uma passeata pelas principais ruas do Centro, com cerca de 200 estudantes. O Comitê Regional contra a Guerra, formado por sindicatos, MST, PSTU, organizações de bairros e a juventude universitária já realizou dois atos: no dia 21/03 e na sexta-feira seguinte, 28, às 18 horas.

CAMPANHA SALARIAL DE EMERGÊNCIA
A partir desta segunda-feira, 31/03, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região começa a notificar as fábricas informando o estado de greve deflagrado pela categoria. O movimento é parte da Campanha Salarial de Emergência aprovada pela Fenam (Federação Nacional dos Metalúrgicos da CUT). A decisão da Fenam foi referendada pelo Conselho de Representantes do Sindicato realizado no último sábado, que contou com a participação de cerca de 100 ativistas metalúrgicos da região.

Os trabalhadores estão reivindicando reposição da inflação de novembro a fevereiro (10,39%), gatilho salarial de 3% e redução da jornada de trabalho para 36 horas, sem redução de salário.