Os 16 sindicatos de metalúrgicos de Minas Gerais filiados à Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos e à Conlutas entregaram a pauta de reivindicações aos patrões no dia 21 de agosto. A entrega foi acompanhada de manifestação em frente à Fiemg, federação das indústrias do Estado, que contou também com representantes do MST, da Conlutas no campo e de pescadores de Ibiaí.

“O sentido da nossa campanha este ano, alem de garantir aumento dos nossos salários e gatilho, é unificar as lutas dos metalúrgicos com o movimento popular para combater a alta dos preços dos alimentos”, falou Gilberto Antônio Gomes, o Giba, coordenador político da federação.

Como forma de enfrentar a alta da inflação, os metalúrgicos defendem a adoção do gatilho salarial de 3%. “Essa é uma maneira de proteger os nossos salários da especulação das grandes empresas e do agronegócio”, completou Giba.

Além do gatilho salarial, os metalúrgicos reivindicam aumento real de 10%, redução da jornada para 36 horas semanais sem redução salarial e sem banco de horas, e outras reivindicações. Nos últimos anos, a CUT e os setores que hoje compõem a CTB têm aceitado retirar vários direitos dos metalúrgicos.

Depois da entrega da pauta, os metalúrgicos se juntaram aos professores, servidores municipais de Belo Horizonte e terceirizados da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) em greve, numa grande manifestação no centro de BH, em apoio às lutas de todas as categorias e contra a criminalização da luta e das organizações dos trabalhadores.
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