Nos meses de maio e junho ocorreram ocupações de terras urbanas e rurais, manifestações populares nas áreas de Saúde, Educação e moradia, greves no funcionalismo federal, estadual, municipal e nas empresas privadas, protestos de kombeiros e lutas da juventude.

Além do alto grau de combatividade e radicalização, destaca-se o enfrentamento com governos municipais do PT e do PCdoB, que têm dado continuidade às políticas de seus antecessores.

Além disso, com a entrada de Jarbas Vasconcelos na base governista, o PT e a maioria da CUT deram uma trégua ao governador, levando ao isolamento das lutas e a paralisia da bancada do PT.

Kombeiros – O prefeito de Recife, João Paulo (PT), enviou à Câmara um projeto regulamentando o transporte alternativo em acordo com empresários e com o governador, limitando a circulação em apenas 252 veículos. Houve bloqueios, enfrentamentos e incêndio de ônibus. O projeto poderá tirar o emprego de mais de 4 mil pessoas. Uma faixa dizia: “João Paulo, desemprego gera fome”.

Educação – Na rede particular, uma greve de 11 dias conquistou 13% de reajuste. Na prefeitura do Recife, foram 13 dias de greve por 17% de reposição. João Paulo (PT) ofereceu 1% e lançou uma campanha contra o sindicato. Sob perseguição, a greve recuou, indo a uma negociação de outros pontos.

Os profissionais da Educação pararam 25 dias a rede estadual, por um reajuste de 46,71%. Jarbas também ameaçou com punição. Mesmo sem reajuste, a greve conseguiu a realização de concurso público, 13º e férias para os contratados e reformulação do Plano de Cargos e Carreiras.

Ocupações – No dia 23 de junho, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura ocupou 18 propriedades rurais de 10 municípios, com 500 famílias.
Post author David Cavalcanti,
de Recife (PE)
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