Nesse dia 13, a polícia reprimiu a manifestação dos operários com gás de pimenta e cassetete. Dois trabalhadores acabaram presosNoventa por cento das obras paralisadas e participação de mais de 3 mil trabalhadores em passeata realizada nesta terça-feira (13). Esta é a resposta que os operários da construção civil de Belém (PA) estão dando aos empresários e donos de construtoras.

A truculência policial, que terminou na prisão de dois companheiros, não intimidou a categoria que decidiu em assembleia continuar a greve que já dura oito dias.

Segundo informações do membro da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, durante a passeata, toda obra que tinha algum operário trabalhando era paralisada. “Hoje foi um dos dias mais forte de mobilização. Esses trabalhadores demonstram sua disposição e seguem firmes em busca de suas reivindicações”, informa Lopes, acrescentando que os empresários seguem ignorando o movimento.

De acordo com a grande imprensa, seis representantes da categoria chegaram a ser recebidos por diretores do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará), porém ainda não haviam analisado a contra proposta feita pelos trabalhadores durante a última reunião, que ocorreu na quinta-feira passada.

A categoria apresentou uma contra-proposta aos empresários. Os valores propostos inicialmente para negociação, R$ 1.000 para os pedreiros, foram para R$ 950. No caso dos serventes, de R$ 680,00, para R$ 670,00.

A cesta básica, cuja exigência inicial era de R$ 150,00, a proposta agora é de R$ 80,00. Os trabalhadores pedem também plano de saúde para a categoria, além de 10% de vagas reservadas para as mulheres.

Atualmente os pedreiros ganham R$ 800,00; serventes, R$ 570,00, sendo que, com a proposta de reajuste de 10% dos empresários, esses valores ficariam em R$ 880,00 e R$ 630, respectivamente.