O governo Lula resolveu não renovar o acordo com fundo Monetário Internacional (FMI). A medida foi anunciada nesta segunda-feira, dia 28, em cadeia nacional de TV, pelo ministro Antônio Palocci.
A não renovação do acordo, contudo, não significa que o governo brasileiro não vai continuar aplicando o receituário do FMI na economia do país. Palocci fez questão de ressaltar que o aperto fiscal vai continuar. Não termos um acordo com o Fundo não significa que não termos uma agenda de reformas microeconômicas e de medidas fiscais, declarou o ministro.
Palocci ainda disse que o governo vai manter a principal exigência do Fundo, que é a manutenção dos superávits primários, cortando dinheiro dos serviços públicos para pagamentos dos juros da dívida. Quer dizer, a dureza da vida dos trabalhadores vai continuar. A meta acertada com o FMI é equivalente a 4,25% do PIB (soma de todas as riquezas produzidas no país).
As reformas neoliberais, como a Sindical, Trabalhista e Universitária, também vão prosseguir para alegria dos burocratas do Fundo.
O ministro declarou também que não exclui a possibilidade de o país voltar a pedir ajuda ao FMI, caso exista um cenário de crise.