A crise de confiança na saúde das mega-empresas americanas domina completamente as principais bolsas de valores do mundo.
Só neste ano, as empresas dos Estados Unidos já perderam mais de US$ 2,5 trilhões do seu valor de mercado. Desde o pico do mercado de ações – na época da farra do boi da “nova economia”, das famosas “ações de novas tecnologias”, etc — já perderam mais de US$ 7 trilhões. É muita coisa. Se as bolsas não se recuperarem no curto prazo (próximos dois meses), essa queima de capital torna-se insuportável. Pode acontecer a derrocada do mercado e, por extensão, toda a economia mundial.
No mesmo momento em que soava o sino do pregão do último dia 12 de julho em Wall Street, George Bush estava nos cafundós do Minnesota, desta vez bem longe de Wall Street, fazendo um discurso para uma entidade de voluntários: “Vocês sabem, no fundo, essa coisa de América corporativa, será que é mesmo importante? Ou importante é servir ao seu vizinho, amar seu vizinho como você gostaria de ser amado” (Folha de São Paulo, 12/07/02).
Quando as coisas chegam nesse ponto, Tom Cruise tem toda razão de se mandar para a Austrália
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