Trabalhadores da Fafer, da Bahia

Luta no campo avança contra agronegócio e ganha força com várias entidades se filiando e fortalecendo a CSP-Conlutas

Durante a última reunião da Coordenação Nacional da central, realizada entre os dias 22 e 24 de novembro, uma das mesas de debate mais importantes tratou da situação no campo e do agronegócio. O tema foi discutido amplamente com a participação de Zé Maria, da Secretaria Executiva Nacional da Central, Paulo Gico, da Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares), Aparecido Bispo, o Cido, da Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), e do extrativista e seringueiro do Acre, Osmarino Amâncio.
 
A necessidade emergencial posta em debate, para a construção da luta no campo melhor estruturada e fortalecida, é a formulação política e programática capaz de dar embasamento e consistência aos projetos de lutas, reunindo, com a orientação da central, recursos necessários para o planejamento político, organizativo e financeiro das entidades do campo.
   
Estamos atuando fortemente na região do nordeste e no nosso entendimento o trabalho com a CSP-Conlutas vem suprir os anseios dos agricultores familiares tão sofridos, pois é uma central que ouve a categoria, que está sempre ao lado da base, e que de uma maneira conjunta busca trazer benefícios para as comunidades que a ela se agregam, tudo o que até agora outras entidades pelegas não fizeram”, comentou Paulo Gico.
 
Outro desafio, muito bem apontado durante a reunião, é a derrubada de fronteiras entre o campo e a cidade, aproximando as frentes de luta de trabalhadores rurais do cenário urbano, que combatam o mal da diferença gritante que o governo apresenta quando se compara os investimentos realizados entre os negócios das grandes empresas do agronegócio e o setor em si, que envolve trabalhadores da agricultura familiar e assalariados rurais. 
 
Avanços reais 
A política de expansão da organização da CSP-Conlutas no movimento popular, especialmente no campo, já vinha ocorrendo há algum tempo, mas diante das resoluções da reunião da Coordenação Nacional e da política transparente da central, processos importantes começaram a se concretizar.
 
Nesta semana, a Federação dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais da Bahia (Fafer/BA) tornou-se mais uma das novas entidades afiliadas da CSP-Conlutas. O ato de filiação aconteceu na Sede da Fafer/SE, com a presença de representantes da CSP-Conlutas/SE, e do presidente da Fafer/BA, Lucas Laudanio.
 
Além dessa federação, houve filiação de outros 14 importantes sindicatos do setor, dentre eles o Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Poço Redondo/SE, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Indiaroba/SE, Sindicato dos Trabalhadores Rurais Tomar do Geru, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Arauá, e Assentamento Aroeira, em Santa Brígida/BA.
 
Diante da falência dos organismos tradicionais da classe trabalhadora no campo e na cidade, como a CUT e o MST, a CSP-Conlutas segue em passos firmes rumo a alternativas de luta mais combativas e independentes do governo Dilma-PT e dos setores capitalista do agronegócio.