Duas vitórias, uma só lutaO mês de maio foi marcado por duas grandes vitórias dos estudantes secundaristas. Em Minas Gerais, a chapa Atitude venceu as eleições do Grêmio do CEFET-MG com 420 votos contra 330 votos da chapa Renovação, formada por um grupo que apresentou aos estudantes um programa despolitizado e antimovimento. No Rio de Janeiro, no CEFET-RJ, os estudantes mostraram qual é o caminho da luta elegendo a chapa Sempre em Frente com 318 votos.

CEFET é Centro Federal de Educação Técnica.

A luta pela assistência estudantil
A chapa Atitude, que se reelegeu com o apoio dos estudantes, esteve, no último período, na luta contra o aumento do bandejão e em defesa da ampliação. Os estudantes fizeram uma importante ação no início de abril, ocupando o bandejão e, com isso, garantindo a volta do antigo preço.

No Rio, a situação não é diferente. Sequer existe um bandejão da escola que garanta alimentação a baixo custo para os estudantes que passam o dia todo no CEFET.

Não a restrição à meia-entrada!
A eleição destes dois importantes grêmios mostrou que os estudantes não vão aceitar a restrição do direito à meia-entrada estudantil e ao monopólio da UBES/UNE da carteirinha. As duas chapas vinham construindo estas importantes lutas no movimento secundarista, recolhendo milhares de assinaturas e realizando importantes atos de rua contra a restrição desse histórico direito.

Organizar para fazer avançar as lutas
A vitória da chapa Atitude e da chapa Sempre em Frente, nos CEFETs de Minas e do Rio mostraram o caminho. O movimento estudantil tem protagonizado muitas lutas no último período. Os universitários estiveram à frente das ocupações de reitoria, e os secundaristas também mostram que não vão pagar pela crise.

Chegou a hora de organizar todos os estudantes, secundaristas e universitários, para juntos barrarmos o corte de verbas a educação de 10% do PIB. Não vamos aceitar que a qualidade da educação e a assistência estudantil seja comprometida para que o governo Lula entregue bilhões aos banqueiros e grandes empresários.

A juventude não vai pagar pela crise, e por isto é que construímos o Congresso Nacional de Estudantes e defendemos a formação de um novo instrumento de lutas para barrar os ataques do governo!