Ana Pagu, de São Paulo (SP)

Foi realizada na noite desta terça-feira, 1º de junho, na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal de São Paulo (Sintrajud), uma plenária para organizar a mobilização contra o arcabouço fiscal e o marco temporal.

As entidades convocantes (CSP-Conlutas, Sinsprev, Unidade Classista, Sindsef-SP, Sintrajud, PCB, PSTU, MRT ) falaram no início, abrindo a  atividade e colocando a urgente necessidade de mobilizar contra esses projetos, que atacam os direitos da classe trabalhadora, da população pobre e dos povos indígenas em nosso país.

A avaliação comum apresentada é a de que, ainda que tenha sido  importante para a classe ter derrotado Bolsonaro nas urnas, a tarefa urgente que se coloca agora é enfrentar os ataques que vêm sendo feitos pelo governo de Lula/Alckmin e o Congresso Nacional.

O arcabouço fiscal, que deixou feliz o presidente do Banco Central, é um projeto do governo Lula acordado com o centrão e a ultradireita, a serviço da burguesia. É uma derrota pra classe. Sem dar uma batalha contra o marco temporal, Lula jogou abaixo os indígenas que subiram com ele na rampa do Planalto, a serviço dos latifundiários”, disse Vera do PSTU.

Os debates apontaram para a necessidade de buscar a unidade de ação para avançar na conscientização, organização e luta direta. Foi feita a denúncia de que as principais centrais sindicais e a UNE estão atreladas ao governo, e não estão mobilizando os trabalhadores e estudantes para enfrentar esse ataque.

Atnágoras Lopes, da Central Sindical e Popular, única central independente do governo , reafirmou a necessidade da luta classista contra qualquer governo de plantão e a tarefa de organizar a luta direta, nas ruas e locais de trabalho para defender nossos direitos.

Ao final, a plenária definiu os seguintes encaminhamentos:

–  Repúdio à repressão da PM de São Paulo à marcha dos indígenas do Pico do Jaraguá e todo apoio ao novo ato convocado para o dia 4 de junho.

– Convocar e fortalecer todos os atos chamados pelos povos indígenas para o próximo dia 7 de junho contra o marco temporal.

– Chamar unitariamente, em todas capitais, cidades e regiões, um dia nacional de mobilização e atos políticos para o dia 13, com os seguintes eixos: “Contra o arcabouço fiscal de Lula e o marco temporal”.

– Reproduzir essa plenária em todo o país, inclusive, fazendo um chamado amplo às demais organizações do movimento a se somarem nessa luta.

– Em cada estado, pós-realização desse calendário, realizar novas plenárias de balanço e continuidade do plano de lutas.

– Orientamos que cada estado defina com precisão a melhor forma, hora e local para realização dos atos desse calendário de lutas.