Nesta sexta-feira, 3, entidades dos movimentos sindical, estudantil e popular farão um ato em frente ao consulado de Honduras em São Paulo. A manifestação acontece a partir das 10h, na Rua da Consolação, 3.741.
O isolamento internacional em que se encontra o governo golpista de Honduras não é nenhuma garantia que o povo hondurenho possa resgatar seu destino em suas próprias mãos. A postura do imperialismo expressas nas resoluções da ONU e OEA não virão sem algum tipo de chantagem ou exigência para que se abra mão da Constituinte ou do julgamento e prisão dos responsáveis pelo golpe, além de buscar manter seus interesses econômicos”, diz nota convocatória da Conlutas.
A central acredita, ainda, que “a mobilização e luta travada pelo povo e trabalhadores hondurenhos com a greve geral e manifestações de rua é o caminho para garantir o fim do golpe, a prisão e punição de todos os envolvidos política, material e militarmente” e que também é decisiva a solidariedade internacional dos trabalhadores e de suas organizações.
Na terça-feira, 30 de junho, uma delegação de várias entidades – MST, Conlutas, UGT, CTB, CUT, Marcha Mundial de Mulheres, SOF, PSOL, PCdoB, PCB, PSTU entre outras – já esteve no consulado para um gesto de solidariedade e apoio à luta contra o golpe militar.
A Conlutas está participando das atividades e está chamando as Conlutas estaduais e entidades, movimentos e oposições ligados à central a organizarem manifestações em unidade com outros setores e organizações. Em alguns estados já estão convocadas reuniões para discutir e organizar ações de solidariedade.
Abaixo, publicamos nota da Conlutas em solidariedade ao povo hondurenho.
NOTA SOBRE O GOLPE MILITAR EM HONDURAS
Abaixo o Golpe Militar em Honduras
Todo apoio à resistência e luta dos trabalhadores e do povo Hondurenho!
Construir a solidariedade e o apoio Internacional!
No último domingo, o Exército hondurenho, deu um golpe militar de Estado, seqüestrando e enviando para a Costa Rica Manuel Zelaya, presidente eleito de Honduras.
Nas últimas semanas, o acirramento do conflito em torno da realização do plebiscito proposto pelo presidente Manuel Zelaya sobre a convocação ou não de uma Assembleia Nacional Constituinte era o prenúncio da articulação dos setores reacionários pró-imperialistas de Honduras que resultou no golpe militar.
A luta para derrotar o golpe militar em Honduras é uma luta que se travará nas ruas de Honduras e de todo o continente. O golpe militar pró-imperialista, efetuado pelo exército Hondurenho se insere na crise gerada pela implementação da política neoliberal em todo o mundo em particular na América Central. A implantação do TLC, a abertura do país para o capital internacional, a apropriação dos recursos naturais e os ataques contra o povo hondurenho vem tendo sua contrapartida nas lutas e mobilizações em defesa da água, do emprego, da educação, das florestas e do nível de vida.
É preciso organizarmos em todos os países, e em especial no Brasil, manifestações e solidariedade que dêem sustentação a resistência que o povo hondurenho está desenvolvendo nas ruas neste momento.
Coordenação Nacional de Lutas – Conlutas
Atualizada em 2/7/2009, às 14h47