CSP Conlutas

Central Sindical e Popular

Em assembleia na quarta-feira (7), motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo aprovaram greve para 19 de fevereiro caso haja a votação no Congresso Nacional da reforma que retira a aposentadoria dos trabalhadores.

A categoria se prepara para uma forte Campanha Salarial contra a implantação da reforma trabalhista e a proposta de licitação dos Transportes da capital paulista, que deve acabar com mais 4 mil postos de trabalho. Também se mostrou disposta a impedir a reforma da Previdência. Sinal de que o governo Temer não está convencendo ninguém de que esta reforma pode quebrar o país.

Na assembleia, o metroviário Altino Prazeres, integrante da CSP-Conlutas, convocou à luta os condutores. “Não podemos aceitar que o governo Temer retire a aposentadoria dos trabalhadores, se botar pra votar o Brasil vai parar”, defendeu o dirigente da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários), chamando a paralisação no dia 19. Altino também manifestou o apoio da CSP-Conlutas à Campanha Salarial da categoria.

Além da campanha contra a reforma da Previdência, os condutores de São Paulo se preparam para barrar a reforma trabalhista em sua base impedindo a implantação das novas regras nos acordos coletivos que devem ser fechados após a mobilização. “Reforma Trabalhista aqui não” é o tema da campanha.

Nós queremos fechar um acordo favorável a nossa categoria, não vamos aceitar que nos retirem direitos”, frisa o diretor executivo do Sindicato dos Condutores Marcos Antonio Coutinho, secretário de manutenção, ligado à CSP-Conlutas.

A Campanha Salarial também envolve a luta para barrar o projeto de licitação do transporte do prefeito João Dória (PSDB) cuja intenção é reduzir em pelo menos 1 mil a frota de 14.600 mil veículos. Isto provocaria mais de 4 mil demissões.

Segundo Marco Antonio, a categoria está disposta a lutar para defender seus direitos e emprego.”Já estamos organizando nossa luta nos locais de trabalho, fazendo reuniões, vamos realizar plenárias e a campanha já está forte na boca do trabalhador“, salienta.

No dia 16 de fevereiro haverá nova atividade para definir um plano de ação da campanha da categoria.

A CSP-Conlutas, apesar de minoria na direção do Sindicato dos Condutores de SP, não medirá esforços para o êxito dessa campanha.