Mesmo com Lula governando para os ricos, a oposição burguesa (PSDB e PFL) pensa em como reconquistar seu espaço eleitoral. Por isso, está rindo à toa. O desgaste do governo Lula abre a possibilidade de que tenham uma vitória eleitoral nas principais capitais do país, a começar por São Paulo. Já estão ampliando o tom das críticas ao governo, em particular sobre a corrupção e o desemprego.
É de um cinismo impressionante. O desemprego dá um salto em todos os países nos quais se aplicam os planos neoliberais. No Brasil, este plano foi esboçado por Collor e realmente implementado pelo governo FHC. A corrupção de Collor teve continuidade explícita em FHC. Não da forma escancarada, que levou Collor ao impeachment, mas na constante compra de votos no Congresso, por exemplo. O próprio José Serra (PSDB), candidato à Prefeitura de São Paulo, esteve à frente do Ministério da Saúde, em meio a aplicação do esquema corrupto desvendado pela Operação Vampiro.
Mas, essa busca pela ampliação do espaço eleitoral, não significa que a burguesia tenha rompido com o governo. Basta ver o acordo do PSDB e PFL com as reformas Sindical e Trabalhista em discussão no Fórum Nacional do Trabalho. Ou as declarações dos chefes dos representantes do FMI e do Banco Mundial, em apoio ao governo Lula.
Este jogo tem as cartas viciadas da democracia burguesa. A burguesia sempre ganha. Ganha porque o governo Lula implementa as reformas que um governo Serra não conseguiria implementar (como foi a da Previdência e agora as Sindical, Trabalhista e Universitária). Ganha porque, como o governo acumula um grande desgaste, abre possibilidades para PSDB e PFL retomarem o governo em 2006.
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