O ato dos estudantes no dia 11 de março foi o maior ato de rua feito nos últimos anos contra o aumento da tarifa, que subiu de R$ 1,25 para R$ 1,35, tornando-se uma das passagens mais cara do país.

Para completar o “remédio amargo”, o prefeito João Henrique (PT), baixou decreto que dá 90 dias para as empresas instalarem catracas eletrônicas nos ônibus, abrindo a possibilidade de demitir até 500 cobradores; isentou a patronal da taxa de 8% sobre a tarifa, imposto esse que era repassado para a prefeitura construir paradas, tapar buracos das ruas, enfim, da infra-estrutura para a burguesia do transporte coletivo. Agora o dinheiro deverá sair do orçamento da saúde e educação.

Seu argumento cínico é que a tarifa iria para um preço superior, mas conseguiu manter no valor mínimo. O Robin Hood as avessas, teve que engolir a ira dos estudantes, que apedrejaram a prefeitura com ovos. O sindicato dos Rodoviários esteve presente para unificar a luta com o movimento estudantil. Segundo Bruno Souza, membro da coordenação da mobilização, e militante da Juventude do PSTU e do MRS, um novo ato está marcado para o dia 31 de março, e espera-se um número significativo de manifestantes.