A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o aumento de 26,49% nos salários dos parlamentares – deputados e senadores. Eles, que já recebiam R$ 12.850, passarão a receber R$ 16.250. A votação ocorreu na manhã desta quinta-feira, 22, apesar do tema estar anunciado para discussão apenas na semana que vem. O projeto vai ao plenário da Câmara ainda hoje, onde deve ser aprovado.

Os deputados alegam que se trata de uma “correção inflacionária” relativa aos últimos quatro anos. Arlindo Chinaglia (PT), presidente da casa, decidiu pelo aumento numa reunião que aconteceu “na calada da noite” de quarta-feira, 21, e o colocou na pauta da Comissão sem divulgação alguma. Certamente, fez isso sabendo da impopularidade da medida. Durante as eleições para a presidência da Câmara, a proposta de aumento repercutiu tão mal que os candidatos se disseram contra. Agora, passado o “calor” da campanha, os picaretas fazem a festa no Congresso Nacional.

As verbas de gabinete, hoje em R$ 50 mil mensais, também podem subir, chegando a R$ 65 mil, por decisão da mesa diretora da Câmara, sem necessidade da votação em plenário.

Num país em que o salário mínimo é de R$ 350, isso é um escândalo que deve ser repudiado pela classe trabalhadora. Para os trabalhadores, as expectativas colocadas por Lula são de mais arrocho e retirada de direitos.

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