A Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, foi palco de uma grande ato na manhã desta quinta, dia 15 de setembro, com mais de 3 mil pessoas, segundo a imprensa local. Trabalhadores de diversas categorias, incluindo estudantes, protestaram contra o arrocho salarial e, também, contra a corrupção e a política econômica do governo Lula. A proposta de unificação das lutas foi levantada pela Conlutas e incorporada por todos os setores que protagonizaram a atividade.

O arrocho salarial nada mais é do que uma das faces da política econômica implementada por Lula sob as ordens do FMI. Entretanto, não é necessário o combate somente ao governo Lula, ao FMI e a todo o Congresso corrupto – combate que deve ser travado e com força. As direções traidoras cumprem um papel de entrega da classe trabalhadora a seus algozes. A CUT está na linha de frente do governo Lula, agora diretamente, com seu ex-presidente, Luis Marinho, atual ministro do Trabalho.

As reformas também foram rechaçadas. Foi defendida a anulação das reformas da Previdência e do judiciário, aprovadas no Congresso do mensalão, e a retirada da Sindical e Trabalhista e a Universitária.

Das categorias que convocaram o ato, três estão em greve – Correios, Municipários e servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os trabalhadores dos Correios votaram pela paralisação por tempo indeterminado na terça-feira, 13, em uma assembléia com mais de 1.400 pessoas. Os grevistas seguem com seus calendários específicos e não dão sinal de desanimar.

Os eixos principais do ato foram: contra o arrocho e a corrupção do governo Lula e do FMI; abaixo os planos econômicos do governo Lula e do FMI; reajuste salarial imediato; não às reformas sindical, trabalhista e universitária.

O ato foi encerrado em frente à sede dos Correios, com as seguintes entidades e organizações: SINTECT-RS (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos), ASSMS (Associação dos Servidores da Saúde Municipal), SINDPPD (Sindicato dos Profissionais em Processamento de Dados), ASSIBGE (Associação dos Servidores do IBGE), ASSUFRGS, Oposição Bancária – CONLUTAS, SINDISPREV/RS (Sindicato dos Servidores da Previdência), CONLUTAS, SINDJUS/RS (Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado), DCE-UFRGS, além dos partidos PSTU e P-SOL.