Por quê paralisamos nossas atividades no dia de hoje?

Nós, funcionários públicos federais, estamos paralisando nossas atividades no dia de hoje, para pressionar o governo pelo atendimento às nossas reivindicações. Nesse sentido, vimos a público explicar os motivos de nosso movimento:

Somos a parcela da população brasileira responsável pela prestação de serviços públicos de saúde, educação e assistência social e também somos os que trabalham na previdência pública, receita federal, trabalho, agricultura, reforma agrária, bancos e outros serviços. É nossa tarefa o controle do meio ambiente e da prevenção contra surtos e epidemias, tipo dengue, febre amarela e tantas outras. Preparamos o terreno para o planejamento de políticas públicas, através da elaboração de pesquisas nos campos sócio-econômico, científico e tecnológico, e também somos aqueles que trabalham pelo cumprimento das leis e pela defesa dos direitos da população e por um judiciário justo e independente.

Da mesma forma que um operário metalúrgico precisa da ferramenta para trabalhar, ou que o funcionário administrativo precisa do material de escritório para realizar suas tarefas e que, ambos, precisam de um salário digno para sobreviver; nós, trabalhadores públicos, precisamos de equipamentos, remédios e instalações adequadas para atender com presteza as necessidades de nosso sofrido povo, ao mesmo tempo que merecemos um salário capaz de atender nossas mais sentidas necessidades.

No entanto, o governo do presidente Lula que, pela sua origem na classe trabalhadora deste país, deveria investir profundamente em políticas sociais, segue o exemplo dos governo burgueses de FHC, Itamar, Collor e tantos outros e aplica um plano econômico onde os grandes empresários, latifundiários e, principalmente, os banqueiros e especuladores financeiros são os grande beneficiados. Para os trabalhadores, a política é de aumento nas passagens de ônibus e na energia elétrica; no material escolar e na conta da farmácia e do supermercado.

Neste momento, apesar de não renovar o acordo com o FMI, este governo segue aplicando uma política de juros altos e “economizando” para pagar as dívidas interna e externa que nunca diminuem. Só neste ano, Lula, e sua equipe econômica, devem repassar mais de 130 bilhões de reais para os banqueiros. Esse dinheiro “economizado” sairá dos cortes no orçamento público da Saúde, Educação e programas sociais. Quem vai pagar a conta do banquete dos banqueiros será o povo trabalhador!

Lula e a grande mídia vivem dizendo que os servidores são bem remunerados e que reclamam de barriga cheia. Isso é uma grande mentira! Tanto quanto os demais trabalhadores deste país, os servidores federais também sofrem com o arrocho e os baixos salários, existindo até casos em que o governo precisa conceder um adicional para completar o salário mínimo no vencimento básico de grande parte dos servidores. Eles não dizem para a população que o servidor não tem direito à negociação coletiva e que, desde 1994, não são concedidas as perdas inflacionarias. Eles também não dizem que as reformas, administrativa (1996) e previdenciária (2003), retiraram direitos históricos do funcionalismo. Escondem, porque não querem que o povo saiba, que os servidores federais têm como principal reivindicação: MAIS VERBAS PARA O SERVIÇO PÚBLICO, de maneira que possa atender com qualidade e eficiência os interesses sociais. Esta é a verdade!!!

Por tudo isso, estamos realizando esta manifestação nas principais Capitais do país e contamos com seu apoio e solidariedade.

– Mais verbas para saúde educação e demais serviços públicos;
– 18% de reposição salarial emergencial já;
– Plano de carreira compatível com o interesse público;
– Não às reformas neoliberais de Lula e o imperialismo

COORDENAÇÃO DE ENTIDADES DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS/SP:
ASSIBGE, SINAL, SINASEMPU, SINDIFISP, SINDSEF-SP, SINSPREV, SINTRAJUD, SINTUNIFESP