Cumprindo o acordo para concretizar a frente eleitoral de esquerda com PSOL e PCB, o PSTU terá candidatos ao governo de Minas Gerais e ao Senado em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Defenderemos na próxima campanha eleitoral a candidatura de Heloísa Helena para a Presidência. No marco da unidade com o PSOL e o PCB, o PSTU repetirá nestas eleições sua tradicional postura. Todas as nossas candidaturas estarão a serviço e subordinadas às lutas e mobilizações dos trabalhadores. Todos os candidatos socialistas denunciarão a falsa polarização entre PT e PSDB /PFL, os governos, a democracia dos ricos, a exploração capitalista, o racismo, o machismo e a homofobia.

Sem qualquer ilusão na democracia burguesa, diremos à população que só a luta muda a vida, e que as eleições são um jogo de cartas marcadas. Aqui apresentamos alguns dos nossos candidatos nestas eleições.

  • Minas Gerais
    Em Minas, Vanessa Portugal, do PSTU, deve ser a candidata da Frente de Esquerda para o governo estadual, junto com uma candidatura do PCB a vice e do PSOL para o Senado. Professora formada em biologia pela UFMG, ela é dirigente regional do partido. Pelo PSTU, concorreu à prefeitura de Belo Horizonte nas últimas eleições municipais e foi vice ao governo em 2002.

    Vanessa deve concorrer com Aécio Neves (PSDB), atual governador, e Nilmário Miranda (PT), ex-ministro de Lula. No estado, o governo do PSDB aplicou à risca a cartilha do seu partido, com o “choque de gestão” e o “déficit zero”. Estas políticas incluíram demissões, arrocho salarial e corte de verbas, tudo para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal. As áreas que mais sofrem são saúde e educação, com hospitais desmantelados e professores ganhando um salário de miséria (o piso é de R$ 323!). Ataca os trabalhadores, ao mesmo tempo em que corta verbas e reprime os movimentos sociais. (Por Lívia Furtado, de Belo Horizonte)

  • Rio de Janeiro
    Unido às lutas concretas dos trabalhadores, o PSTU no Rio discute o lançamento de candidaturas socialistas. As candidaturas serão decididas em plenária estadual do partido, no dia 15. A Frente de Esquerda terá como candidato ao governo Milton Temer, e como vice Eliomar Coelho, ambos do PSOL.
    Para o Senado, cogita-se o nome de Dayse Oliveira, professora e ativista do movimento negro. Com larga experiência na luta dos trabalhadores e dos movimentos contra a opressão, Dayse foi candidata a vice-presidente em 2002, quando utilizou sua candidatura para denunciar o racismo.
    Dayse iniciou sua militância em 1984, no movimento secundarista, durante as Diretas Já. Um ano depois, integrou a oposição do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio. Entre 1988 e 1992, participou da direção do sindicato e da CUT-RJ. Ao contrário da burocracia que permanece na central, hoje Dayse luta pela consolidação da Conlutas.
    Fundadora do Núcleo de Consciência Negra João Cândido, Dayse apresentará uma candidatura com marco de raça e classe, servindo como apoio à luta dos trabalhadores e ao movimento negro.
    Para deputado federal discute-se o lançamento do nome de Cyro Garcia. Militante histórico, Cyro é bancário do BB e professor universitário e esteve à frente das principais mobilizações no estado.
    Foi um dos fundadores do PT e da CUT na década de 80, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de 1988 a 1991 e membro da executiva nacional da CUT por três gestões. Quando foi deputado federal, apresentou projeto de lei contra a privatização da Light, apoiado na luta dos eletricitários. Cyro rompeu com a CUT, e hoje se dedica à construção da Conlutas no estado.
    (Jocilene Chagas, do Rio de Janeiro)

  • São Paulo
    Luiz Carlos Prates, o Mancha,
    será a alternativa da Frente de Esquerda para São Paulo, como candidato ao Senado. “A unidade da esquerda combativa nas eleições é importante no estado, onde a polarização entre PT e PSDB/PFL será muito forte, e onde nasceram o PT e a liderança de Lula”, disse Mancha. O candidato da frente ao governo será Plínio de Arruda Sampaio, e o vice do PCB.
    São Paulo é o estado mais industrializado do país. No momento, milhares de metalúrgicos da GM e da Volkswagen lutam contra as demissões. Para estimular estas lutas, será apresentada nestas eleições uma alternativa operária, negra (como uma grande parcela dos trabalhadores), socialista e de classe. Que se apóie nas greves e mobilizações.
    Eletricista de manutenção, Mancha é metalúrgico há 25 anos e trabalha na GM desde 1987. Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos por seis anos. Hoje é secretário-geral da entidade, faz parte da coordenação nacional da Conlutas e está à frente das lutas contra as demissões.
    A candidatura de Mancha acontece num contexto em que o governo de Alckmin (PSDB) – e seu sucessor, Cláudio Lembo (PFL) – precarizou o serviço público (com baixos salários para os servidores e terceirização), governou para os empresários e mostrou descaso quanto à moradia, educação, segurança pública e saúde.
    (Por Marisa Carvalho, de São José dos Campos)

  • Rio Grande do Sul
    Vera Guasso
    é a pré-candidata ao Senado da frente, pelo PSTU. Tem trajetória nas lutas desde o movimento estudantil, nos anos 80. Esteve sempre nas mobilizações e campanhas da juventude e da classe trabalhadora. O candidato da frente ao governo é Roberto Robaina, e o vice do PCB.
    Vera é funcionária do Serpro e presidente do PSTU gaúcho. Foi candidata a prefeita de Porto Alegre em 2004. Hoje, é diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e membro da Conlutas.
    A luta contra as opressões, seja contra mulheres, seja contra negros, negras e homossexuais, marcou sua militância.
    Ao contrário da maioria dos dirigentes sindicais, manteve a coerência, denunciando os governos petistas que traíram a confiança e a esperança dos trabalhadores, desde a experiência do PT na prefeitura de Porto Alegre, passando pela denúncia do governo petista de Olívio Dutra no estado e, agora, se opondo ao de Lula.
    Pré-candidato a deputado federal pelo PSTU, Júlio Flores militou no movimento estudantil nos anos 70. Na década seguinte, tornou-se bancário e passou a atuar nas históricas greves da categoria. Atualmente é professor da rede estadual e municipal e participa da oposição à atual diretoria do CPERS.
    (Luciana Cândido, de Porto Alegre)

    Post author
    Publication Date