Jornada em defesa da educação fecha ruas em Porto Alegre
Sindppd-RS

Na última quarta-feira, 22, ocorreu em Porto Alegre (RS) a passeata de estudantes e trabalhadores em defesa da educação pública. O ato fez parte da Jornada Nacional de Lutas organizada pela Conlutas, Intersindical, Conlute, MST e outras entidades.

A mobilização contou com a participação de cerca de 4 mil pessoas, trancando as principais avenidas de acesso ao centro da capital gaúcha e encerrando em frente ao Palácio Piratini, sede do governo estadual.

O ato unificado teve como alvo principal a luta contra o projeto de “enturmação” do governo Yeda Crusius (PSDB), que pretende fechar mais de mil turmas, demitir professores, fechar escolas e a manter o corte de 50% da verba pra educação.

Mas o ato também atacou Lula e as reformas neoliberais, pois, se é verdade que o governo do PSDB ataca a educação pública, também é verdade que o governo federal, do PT, é o principal responsável pela situação precária da educação no Brasil, pois investe apenas 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação – metade dos miseráveis 7% previstos como meta no Plano Nacional de Educação (PNE).

Além disso, Lula segue pagando a divida “eterna”. Só em 2006, o governo gastou com juros e amortizações das dívidas externa e interna nada menos que R$ 275 bilhões, ou seja, 36,7% do orçamento.

A Conlute e a juventude do PSTU se concentraram na praça Piratini, em frente ao Colégio Julio de Castilhos (“Julinho”), a maior escola do estado. A concentração do Julinho foi a maior e mais animada de todo o ato, chegando a mais de mil estudantes. Ao chegar na Praça Argentina, onde estavam concentradas as outras entidades, inclusive a UNE e a Ubes, a passeata da Conlute e o Grêmio do Julinho cantavam: “Com Lula lá, Yeda aqui, só tem dinheiro pro FMI!” e “eu sou Conlute e ‘tô´ na ação, eu ‘tô´ na luta contra a enturmação”. Logo após, a coluna da Conlute uniu-se ao ato e seguiu em direção ao Palácio do Governo.

UNE e UBES tentam evitar críticas ao Governo Lula
A UNE e a Ubes, dirigidas pela União da Juventude Socialista (UJS), que representa a juventude do PCdoB, tentaram, durante todo o ato, evitar críticas a Lula, centrando fogo na luta contra Yeda e PSDB.

Essas entidades não cansam de defender Lula e virar as costas para os estudantes. A recente onda de ocupações de reitorias em todo o país mostrou de que lado elas estão: do lado do governo. Quando vêm para a luta, é justamente para evitar que o movimento estudantil se mobilize contra os ataques de Lula à educação pública e aos direitos dos estudantes e trabalhadores.

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