A necessidade de um partido revolucionário para transformar a sociedade foi a tônica das falas
Foi uma das maiores atividades de apresentação do PSTU já realizadas pelo partido, reunindo cerca de 1500 mulheres de várias partes do país na noite deste sábado, 5 de outubro, durante I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta, em Sarzedo (MG). O clima geral era de alegria e muita emoção.
A companheira Vanessa Portugal, de Belo Horizonte, iniciou com uma homenagem a todas as militantes do partido e agradecendo a presença daquelas que haviam vindo conhecer o partido. Participaram da mesa Tamiris Rizzo, da Secretaria de Negras e Negros do PSTU, a vereadora do partido em Natal, Amanda Gurgel, a dirigente do PSTU em Sergipe e ex-candidata ao governo, Vera Lúcia, além da ativista síria Sara Al Suri.
“É importante nos organizarmos nas associações de bairros, nos sindicatos, nos locais de estudo, há lutas importantes nesses espaços, mas têm um limite”, explicou Vera. “O partido é outra coisa, ele toma uma classe para fazer uma defesa”, disse, afirmando que “o mais importante é pôr abaixo essa sociedade que oprime homens e mulheres e, para isso, precisamos de um partido revolucionário para dirigir as lutas”.
Falando a partir de sua própria experiência, Vera afirmou ainda que o PSTU “é o partido que permite uma mulher, costureira, negra, conhecer o mundo que ela vive e expressar as lutas opiniões”.
A vereadora Amanda Gurgel disse que “quando estamos nas reuniões do partido, é para se dedicar a lutar contra a exploração, depois de passar o dia sendo exploradas”, ressaltando que “o capital é organizado, precisamos nós também nos organizar”. Para Amanda, “não basta lutar contra o machismo, temos de lutar por uma outra sociedade sem machismo, mas também sem exploração, sem racismo, por uma sociedade socialista”, explicando que “e essa luta é o que fazemos no PSTU”.
Em uma fala marcada pela emoção, Sara falou sobre sua experiência de refugiada da ditadura Assad. Apesar de ter conhecido dezenas de organizações que se reivindicavam revolucionárias pelo mundo, foi só no Brasil que fez a opção de se juntar ao PSTU. “Eu sabia o que era o espírito revolucionário, mas foi só no Brasil, com a LIT e o PSTU, que conheci um partido revolucionário”, conta. “Precisamos de um partido organizado, revolucionário não só nas palavras, mas na ação como o PSTU”, afirmou.
Uma estudante fez uma fala emocionante. “Vim pra cá após muita insistência, mas ainda bem, agradeço por terem insistido, pois cheguei aqui apartidária e saio militante do PSTU”, disse. Helena Silvestre, dirigente do movimento popular, também lembrou seu passado apartidário, mas explicou que, após muitos anos militando, foi entender a necessidade do partido. “Queremos construir o novo, não só destruir o velho, e para isso é preciso um partido”, afirmou.
Ao final, as mulheres encerram a atividade sob os gritos de “Olê, olê, olê, olá/Somos a morte do capital/Somos trotskistas da Quarta Internacional”.