Manifestação em Natal (RG)
Redação

Mobilizações desse Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora precisa se ampliar num forte 15 de março

O Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora começou com fortes mobilizações no país e no mundo. Impulsionado pelo movimento “Ni una a menos” da Argentina e a greve das mulheres na Polônia, esse 8 de março ainda contou com um chamado a um dia mundial de greve contra a opressão, a violência e a exploração machista em nada menos que 40 países.

No Brasil, à luta contra o machismo, a violência e o feminicídio se junta a mobilização contra as reformas trabalhista e previdenciária, que afetam sobretudo as mulheres trabalhadoras e, dentre elas, mas trabalhadoras negras. Manifestações em todo o país marcam essa data e expressam o rechaço das trabalhadoras aos ataques do governo Temer. Em praticamente todos os estados está havendo atos, panfletagens, assembleias e paralisações.

No Vale do Paraíba, cerca de 10 fábricas realizaram assembleias e atrasaram o turno, como a GM em São José dos Campos, a Chery em Jacareí, além da Gerdau, Heatcraft, Hitachi, Prolind e Sigma, além da Blue Tech, fábrica de Caçapava composta majoritariamente por mulheres.

Manifestação e atraso de turno na Blue Tech, em Caçapava (SP)

Esse dia também deve marcar o início de uma greve nacional da educação pública, categoria também composta majoritariamente por trabalhadoras.

Preparar um 15M ainda mais forte
Esse 8 de março está mostrando a disposição de luta da classe. É preciso que as mobilizações das mulheres trabalhadoras reverberem, nas fábricas, escolas, bairros e ocupações num dia 15 de março ainda mais forte, colocando a classe em movimento e impulsionando, por baixo, uma greve geral contra as reformas e esse governo.

É preciso que o Dia Nacional de Lutas e Paralisações contra as reformas, convocado pelas centrais sindicais, marque o pontapé de uma greve geral que pare o país.