As instituições do Estado brasileiro, uma a uma, estão se transformando em comitês eleitorais do candidato governista José Serra. A última a entrar nesta rede foi o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Numa decisão que causou indignação a todos, o TSE além de negar pedido de direito de resposta do PSTU, no programa eleitora de Serra, para corrigir a inverdade veiculada pelos governistas – de que só havia uma mulher (Rita Camata) candidata a vice presidência -, usou de argumentos para lá de absurdos e insustentáveis para proferir sua sentença.
Segundo o Ministro Caputo Barros, a culpa do erro cometido no programa do PSDB é do próprio PSTU! Nós é que teríamos “induzido ao erro”, ao “não ter informado” quem era a vice!!! Além de não corresponder a verdade (já no primeiro programa apresentamos a nossa chapa completa, com presidente e vice), só podemos tomar a “consideração” do ministro como uma provocação inaceitável.
Supúnhamos que coubesse ao TSE informar à população quais as candidaturas inscritas. Ainda mais porque o mesmo TSE (cuja isenção está sob inquestionável suspeita) nos negou, em decisão tomada semanas atrás, o direito ao mesmo tempo nas entrevistas de TV dos ditos principais candidatos.
Essa aliança entre o candidatura governista, o subserviente TSE e a ditadura da mídia, é exemplo do grau de atraso e controle autoritário que continua campeando no país. Um atraso e autoritarismo que, vez ou outra, vêm à tona de formas menos sutis.
No inicio de setembro, mais uma vez o machismo deu a tônica na fala de um dos “principais” candidatos. Seguindo o nefasto exemplo de seu “chefe” Ciro Gomes – que já havia declarado que o principal papel de sua mulher Patrícia Pillar, na campanha, era dormir com ele -, Paulinho referiu-se à Corregedora Federal, como “aquela mulher amarga e mal amada”.
Tentando evidentemente desqualificar a Corregedora, Paulinho não a acusou de fazer vistas grossas para as muitas irregularidades que são quotidianamente denunciadas. Não, para Paulinho (atolado em toneladas de falcatruas), o maior problema de Anadyr é ser uma mulher “mal amada”. Seja lá o que isso signifique para alguém que é companheiro de chapa de um “sinhôzinho” que acredita que o melhor que uma mulher pode ter na vida é sua companhia.
Post author Dayse Oliveira,
candidata à vice-presidência da República
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Início Sem categoria TSE, Serra, Ciro e Paulinho: histórias de desmandos, discriminações e preconceitos