Blog da professora Amanda Gurgel

Em assembleia estadual realizada na tarde desse dia 7 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, os trabalhadores em educação do estado reafirmaram a decisão de entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta, 8 de junho.

A assembléia contou com a presença de cerca de 2 mil educadores de todas as regiões do estado, que fizeram uma grande passeata pelo centro da cidade e realizaram ato unificado com os policiais civis e militares que também estão em luta por melhores salários.

A principal reivindicação dos trabalhadores é a aplicação do Piso Salarial de R$ 1597 para jornada de 24h. Além do piso, a categoria quer a reconstrução de um plano de carreira, destruído pelos sucessivos governos do PSDB, e o investimento de 10% do PIB na educação.

Ao invés de implementar o piso reivindicado pela categoria, o governador Anastasia (PSDB) impôs a lei do subsídio, uma remuneração que destrói ainda mais a carreira docente, pois acaba com todas as vantagens conquistadas historicamente pela categoria. Por isso uma das exigências dos grevistas é a revogação desta lei.

Para Gustavo Olímpio, do Movimento Educação em Luta, a greve tem tudo para conquistar as principais reivindicações dos trabalhadores. “Sabemos que o governo Anastasia tem dinheiro em caixa e pode atender a nossa reivindicação do piso. Além disso, este é um momento propício para a greve, já que diversas categorias estão em luta em Minas e em todo o Brasil. O que o Sindicato precisa fazer de forma mais contundente é unificar estes movimentos e construir a greve desde a base“.

A CSP-Conlutas também marcou presença na assembléia de greve e na manifestação. “É uma greve importante para a nossa central, já que se trata da maior categoria do estado. Faremos todo o possível para prestar nosso apoio e solidariedade à greve, e buscaremos a unificação das lutas para garantir a vitória”, afirmou Giba Gomes, Coordenador Estadual da CSP-Conlutas

Foi aprovado ainda um calendário de lutas, que envolve construção local da greve em cada regional; audiências públicas na ALMG; nova assembléia e manifestação no dia 16, data em que a CSP-Conlutas organiza um dia nacional de luta dos professores em todo o país.