Foto: Luciano Gonçalves/ STTR BH
PSTU Belo Horizonte

Nessa última segunda-feira, dia 22, as trabalhadoras e trabalhadores rodoviários em Belo Horizonte promoveram uma importante paralização do transporte público, que parou a cidade durante dois dias. Dentre as reivindicações, estão reajuste salarial (INPC + as perdas dos últimos anos), retorno do ticket nas férias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limitação do passe livre.

Os rodoviários estão a dois anos sem receber nenhum reajuste, enquanto os empresários do transporte receberam do Prefeito Alexandre Kalil (PSD) mais de 200 milhões de antecipação referente ao vale transporte. Foi dinheiro público, que deveria servir para melhorar a qualidade do transporte e ampliar o acesso aos usuários, usado para salvar meia dúzia de empresários envolvidos até o pescoço com as falcatruas dos contratos com a prefeitura. Essa antecipação, em teoria, deveria servir para melhorar a qualidade dos serviços e reduzir os preços das passagens, que não se concretizaram.

Na conjuntura em que nos encontramos, diante de tantos ataques aos serviços públicos e aos direitos de nossa classe, essa luta merece todo o nosso apoio!

Apesar de inúmeras tentativas de desmoralizar o processo de luta, esses trabalhadores e trabalhadoras deram um importante exemplo de como enfrentar os ataques dos governos em aliança com os empresários. Demostraram que o transporte de qualidade e valorização dos trabalhadores do setor é fundamental para garantir não apenas mobilidade urbana, mas o funcionamento de toda uma estrutura que atua na cidade, como comércio, fábricas, escolas etc.

E para além de suas reivindicações imediatas, que são mais do que legítimas, também mostraram uma coisa que nós, trabalhadores e trabalhadoras, já sabemos desde muito cedo: somos nós que fazemos a cidade funcionar. Nós, a classe trabalhadora, somos aqueles e aquelas que produzem a riqueza desse país. Se cruzamos os braços, nada funciona. E por isso vamos continuar com os nossos métodos de luta, mesmo que tentem nos desmoralizar.

A nossa luta, além de abarcar os nossos direitos mais imediatos, não vai parar até que tenhamos uma vida digna, sem desemprego, sem fome, sem opressão e sem exploração. E isso só será possível com a destruição do capitalismo e sua substituição por uma sociedade socialista, governada pelos trabalhadores por meio de suas próprias organizações.

Todo apoio à Luta dos Rodoviários!

Negocia Kalil!