Leia a entrevista com a esposa de um dos líderes. Para evitar retaliações, seu nome não será divulgadoComo está a situação dos presos?
Quando eles foram para a Corregedoria, todos ficaram sem acomodação em salas vazias, com alimentação limitada ao que os familiares passavam pelo portão. Comeram pão e guaraná, em vez de almoço e jantar. Depois, oito deles foram para o GEP [Grupamento Prisional dos Bombeiros], e os outros foram para quartéis normais. Hoje eu visitei meu marido no GEP, ele está bem. Lá é como se fosse uma prisão comum, com celas, e não temos acesso a eles. As visitas são duas vezes por semana, com tempo restrito, e não tem como ficar sozinho com o familiar.

Qual e o sentimento dos familiares?
Primeiro, é um sentimento de orgulho por ter esses heróis como parentes. Em segundo lugar, um sentimento de não poder reagir. Não temos informações e não podemos levar o que eles precisam. Nos sentimos perdidos.

O que as famílias estão fazendo?
Estamos criando uma comissão para dar suporte aos familiares e dar orientações jurídicas. O Comando Geral da PM não deu nenhuma informação de onde eles estão. Por isso estamos organizando também um levantamento com os parentes para saber a localização dos detentos que estão sendo tratados como bandidos. A ideia é colocar todas essas informações no nosso site.
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