Após paralisação que durou 59 dias – a maior já realizada pelos servidores do Judiciário Federal em São Paulo – categoria retoma o trabalho na segunda-feira (3 de julho), mas vai realizar vigílias durante as votações do PCS no Congresso Nacional. Se o governo não garantir a implementação do Plano, greve pode ser retomada

Assembléia estadual dos servidores do Judiciário Federal encerrada há pouco no fórum da Justiça do Trabalho de primeira instância, na Barra Funda, decidiu suspender a greve que teve início no dia 3 de maio. A categoria considera-se vitoriosa na reivindicação de que fosse revisado o Plano de Cargos e Salários dos trabalhadores. O projeto, que estava há quase dois anos em discussão, foi aprovado nas três comissões da Câmara dos Deputados. Além disso, também durante a greve, o Ministério do Planejamento formalizou acordo com a cúpula do Judiciário para implementar o PCS em seis parcelas até dezembro de 2008.

O índice médio de recomposição salarial – previsto no substitutivo encaminhado pelo governo federal ao Congresso no último dia 28 – para este ano é de 17%. Sendo 8%, média, a partir de 1º de junho, e 9% a partir de 1º de dezembro de 2006. Para garantir esses prazos serão necessários ainda a votação no plenário da Câmara dos Deputados, o fechamento da tramitação no Senado e a sanção presidencial. As demais parcelas deverão ser aplicadas a partir de julho e dezembro de 2007 e 2008.

Por isso, a categoria deliberou também pela manutenção do estado de greve e a realização de vigílias nas datas previstas para as votações no Congresso Nacional, que funciona até o dia 14 de julho, quando terá início o recesso parlamentar.

Caso não haja avanços neste período já ficou indicada nova assembléia para a semana do pagamento dos próximos salários (por volta do dia 20 de julho), onde pode inclusive ser retomada a paralisação caso o governo e o Congresso Nacional não cumpram sua parte na garantia de votação e sanção do projeto de lei 5845/2005.