Gisele Sifroni, de São Bernardo do Campo (SP)
Na manhã da última segunda-feira (13/02), a Guarda Municipal de São Bernardo do Campo, a mando do prefeito Orlando Morando (PSBD) expulsou mais de 67 famílias que trabalhavam com artesanatos e vendas de alimentos na Praça Lauro Gomes, no centro da cidade.
Ponto de trabalho de dezenas de artesões e vendedores ambulantes, a Feira de Artesanato Lauro Gomes existia há mais de 30 anos e era um dos espaços mais conhecido da cidade, pelo qual circulavam a população mais pobre e diversos artistas ligados à arte popular. No atual cenário de desemprego o local era ainda a única alternativa de renda para muitos jovens, pais e mães de família.
Nesse sentido, sob o pretexto de revitalizar o centro velho da cidade, Morando aplica em São Bernardo do Campo a mesma política de ódio contra os pobres e contra a cultura popular que João Dória aplica em São Paulo.
A expulsão dos trabalhadores da Praça Lauro Gomes é a demonstração precoce que o Governo de Orlando Morando, bem ao estilo PSDB, será para beneficiar os grandes empresários, pois ao mesmo tempo em que anuncia isenção de impostos para as multinacionais, responsáveis por demissões em massa, o tucano não hesita em acabar com as condições de trabalho dos mais pobres na cidade que é a 13ª que mais demite no país.
Frente a isso, o PSTU chama os trabalhadores de São Bernardo do Campo a se solidarizar com os ambulantes e artesões da Praça Lauro Gomes e exigir que a prefeitura devolva aquele espaço para todos os que nela trabalhavam.
Além disso, é preciso desde já se mobilizar e se organizar contra todos os ataques que os ricos e os governantes tramam contra a classe trabalhadora e a juventude pobre, pois não nos resta dúvida que assim como faz Temer em esfera federal, os governos estaduais e municipais, financiados e comandados pelos grandes empresários tentarão jogar a crise dos ricos no bolso dos mais pobres – Greve Geral neles!