Nos próximos dias 11 e 12, os trabalhadores vão às ruas contra os efeitos da criseNa medida em que a crise econômica se agrava, aumenta a pressão para a flexibilização de direitos, redução salarial e demissões. Apesar dos lucros recordes do último período, os patrões querem reduzir salários e direitos por conta da crise. Caso mais expressivo é a Vale, que quer reduzir para metade os salários de 19 mil trabalhadores de Minas e Mato Grosso do Sul, sem ao menos garantir os empregos.

Os trabalhadores, porém, não aceitarão arcar com os custos da crise. No próximo dia 11, a partir das 16h, ocorre um grande ato em frente à sede da Vale, no Rio de Janeiro. O protesto é organizado por uma ampla gama de entidades, que vai da Conlutas, Intersindical até a CUT. No Fórum Social Mundial em Belém, o dia de luta foi referendado pelo seminário unitário que envolveu, além da Conlutas e Intersindical, pastorais sociais e organizações como o MTL.

Já no dia seguinte, dia 12 de fevereiro, ocorrem dois atos. Um em São Paulo, em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), às 14h, e outro, em Minas Gerais, em frente à Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), na capital Belo Horizonte. Essas entidades patronais promovem uma intensa campanha de pressão pela retirada de direitos e redução de salários, ao mesmo tempo em que exigem mais benefícios do governo e nem consideram a hipótese de estabilidade no emprego. Os protestos vão exigir a estabilidade e a redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, a fim de combater o desemprego.