Nos marcos da política econômica do FMI que o governo está aplicando – uma política recessiva, que na melhor das hipóteses (afastados terremotos externos e ou especulativos) irá gerar quando muito um crescimento pífio, como o dos últimos 20 anos – o programa Primeiro Emprego não refrescará em nada o drama do desemprego no país. Além disso, pode contribuir para colocar no olho da rua trabalhadores mais velhos ou melhor remunerados e ainda subsidiar os empresários na rotatividade de mão-de-obra. Dito de outro modo, na demissão de uns e contratação de outros por salários mais baixos.
A meta do governo nos próximos 12 meses é criar 260 mil empregos para jovens. A meta em si já é pífia. Totalmente insuficiente para resolver o gravíssimo quadro de desemprego na juventude. Segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, apenas em São Paulo há mais de 500 mil jovens entre 18 e 24 anos desempregados.
E o governo ainda oferece um subsídio: o governo pagará R$ 200 para as pequenas e médias empresas e R$ 100 para a grande empresa que contratar o jovem. Para a Fiesp “é uma oportunidade para mudar o perfil dos profissionais contratados“, disse o vice-presidente da entidade na rádio CBN. Pois é, mais um bom negócio para os privilegiados de sempre.
Post author André Valuche,
da redação
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