Mobilização prossegue com ato na Avenida PaulistaCerca de 2 mil trabalhadores da GM de São José dos Campos participaram, na madrugada desta segunda-feira, de uma manifestação que abre o chamado “Dia Nacional de Luta contra Demissões”, que acontece em todo o Brasil neste dia 30.

O ato foi organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José, filiado à Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas). Os metalúrgicos fizeram uma passeata que percorreu aproximadamente dois quilômetros. Com faixas e bandeiras, os operários protestaram contra as 802 demissões realizadas pela montadora no começo do ano e a ameaça de novos cortes.

Na última sexta-feira, a GM prorrogou, pela quarta vez, a licença-remunerada de um grupo de 600 trabalhadores da planta de São José dos Campos. O sindicato teme novas demissões e já marcou uma assembleia com todos os metalúrgicos afastados da empresa.

Protesto
O protesto de hoje bloqueou a avenida General Motors, acesso à fábrica paralelo à Via Dutra. As polícias Militar e Rodoviária Federal acompanharam a mobilização, que não registrou incidentes.

Nos discursos dos dirigentes sindicais, o argumento de que os trabalhadores não devem pagar pela crise.

A passeata na GM acontece no mesmo dia da queda do presidente da companhia, Rick Wagoner, que foi obrigado a renunciar pelo governo dos Estados Unidos.

“Enquanto os executivos das grandes companhias recebiam milhões e somente pensavam em seus lucros, os trabalhadores eram fortemente explorados. Agora, com a crise econômica mundial, não devemos ser nós os atacados, com demissões e redução de salários e direitos”, disse o diretor do Sindicato e dirigente nacional da Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.