Bandeira da Palestina na passeata
Matheus Birkut / Cromafoto

Manifestantes derrubam muro erguido pela delegação palestina para simbolizar o `Muro da Vergonha`A defesa do povo palestino contra a ocupação e o genocídio perpetrados por Israel é uma das principais bandeiras do Fórum Social Mundial. No final da tarde do dia 28 uma marcha contra a ocupação denunciou os abusos cometidos por Ariel Sharon e a política imperialista dos Estados Unidos.

Bush fascista, você é o terrorista!

O ato público, que reuniu algo em torno de 1500 pessoas, partiu por volta das 18h do prédio do Gasômetro, onde se concentra a imprensa para no fórum. Apesar do horário, o sol e o forte calor fustigavam os manifestantes, que não desanimaram e entoavam sem parar palavras de ordem como: “Bush, Sharon, terroristas assassinos! Viva a luta do povo palestino!”. Ativistas do mundo inteiro se juntaram aos palestinos, seguindo em marcha pela orla do belo lago Guaíba, contornando o Acampamento Intercontinental da Juventude.

“O PSTU vem nessa marcha trazer toda a nossa solidariedade ao povo palestino”, afirmou o sindicalista Paulo Barella, representante do partido no carro de som. Barella também denunciou o papel que Lula cumpre na intervenção militar dos EUA no Oriente Médio: “Existe uma cumplicidade do governo Lula, que envia tropas ao Haiti liberando soldados para a ocupação no Iraque”, denunciou.

`FotoMURO – A passeata seguiu por cerca de uma hora, se concentrando próximo a um muro construído pela delegação palestina para simbolizar o “Muro da Vergonha”. Bandeiras do estado fascista de Israel e dos Estados Unidos foram incendiadas pelos manifestantes. Em seguida, os ativistas destruíram o muro, simbolizando a luta para pôr fim à ocupação sionista e ao muro construído por Sharon para segregar os palestinos.

Jamal, da Sociedade Palestina, chamou à formação de uma Campanha Mundial contra o Muro do Apartheid: “O Imperialismo quer anexar todo o território palestino. Chamamos a todos a derrubar este muro”. O ato também contou com a presença da ativista palestina Leila Kahled, que explicou os objetivos da manifestação: “Estamos aqui para globalizar nossa luta contra o Imperialismo e o sionismo mundial”.