De 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009, será realizado em Belém (PA) a nova edição brasileira do Fórum Social Mundial (FSM). O evento será marcado pelas repercussões políticas de uma das maiores crises econômicas da história do capitalismo.

Diante da grave crise econômica mundial, a direção majoritária do Fórum, em especial o jornal “Le Monde Diplomatique” e a ONG Attac, apresenta a proposta de realização de um novo “Bretton Woods” que reformule o capitalismo, tornando o mercado mais regulado pelo Estado e o sistema mais “humano”.
Esta proposta representa mais uma utopia reacionária. Afinal, o que estamos vendo são os principais governos dos países imperialistas, em especial os da Europa e o dos Estados Unidos, despejarem trilhões de dólares para ajudar os banqueiros e os grandes capitalistas.

Longe de regular o mercado, o Estado demonstra mais uma vez sua natureza de classe. Oferece ajudas extraordinárias a grande burguesia, enquanto ataca o nível de vida dos trabalhadores e do conjunto dos explorados e oprimidos, com o crescimento do desemprego, a redução de direitos, os cortes nas áreas sociais, a destruição do meio ambiente, o crescimento do racismo e da xenofobia e o arrocho salarial.

Contra a estratégia reformista da direção do Fórum, a Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI) e o PSTU propõem uma estratégia política oposta, com debates sobre a luta contra a crise e a afirmação de uma saída socialista.

Com a crise, o socialismo ganha ainda mais atualidade. Para discutir a necessidade de unir os socialistas revolucionários em uma mesma organização internacional que defenda um programa revolucionário e a revolução socialista, a LIT-QI e o PSTU vão promover um seminário no Fórum. Nele, estará em debate a necessidade da reconstrução da IV Internacional.

Além das atividades promovidas pelo PSTU, a militância do partido estará presente para ajudar a convocar importantes atividades promovidas pela Conlutas e pelo Encontro Latino-Americano e Caribenho dos Trabalhadores (Elac).

A Conlutas, que terá a reunião de sua coordenação nacional durante o Fórum, vai promover um grande seminário para discutir os efeitos da crise econômica internacional sobre a classe trabalhadora brasileira. Além disso, debaterá o processo de reorganização política em que vivem os movimentos sociais em nosso país. A realização deste evento está sendo discutida com setores da Intersindical, no sentido de buscar sua unificação, para tentarmos dar uma resposta unificada frente à crise, definindo um plano de ação já para o primeiro semestre de 2009.

Os grupos de trabalho (GT) da Conlutas que combatem a opressão também farão debates no Fórum. Um dos destaques deve ser o debate promovido pelo GT de Negros e Negras, que analisará a eleição de Barack Obama e a simpatia que o principal representante do imperialismo desperta em muitos ativistas.

Já o Elac vai realizar sua segunda reunião internacional durante o Fórum. Também promoverá um seminário sobre a crise econômica internacional e a atualidade da luta contra o imperialismo, especialmente na América Latina e no Caribe.

Outro tema que chamará a atenção dos participantes serão os debates sobre ecologia. Para discutir o programa dos socialistas revolucionários para combater a destruição do meio ambiente pelo capitalismo, o PSTU e a revista Marxismo Vivo vão promover um seminário que buscará avançar em um programa socialista para enfrentar o desafio de defender a natureza da barbárie capitalista.

Confira a programação

– Dia 27/1 – Terça-feira:
. Manhã:
. Chegada das delegações.

. Tarde:
. Marcha de abertura do FSM.

– Dia 28/1 – Quarta-feira:
. Manhã:
. Reunião da Coordenação Nacional da CONLUTAS.

. Tarde:
. Seminário sobre a Criminalização dos Movimentos Sociais

– Dia 29/1 – Quinta-feira:
. Manhã:
. Seminário sobre Crise Econômica Internacional e a reconstrução da IV Internacional, promovida pela LIT-QI e o PSTU (Revista Marxismo Vivo).

. Tarde:
. Seminário sobre Crise Econômica Internacional e a luta contra o Imperialismo, convocada pelo Espaço Latino-Americano e Caribenho dos Trabalhadores – ELAC;

– Dia 30/1 – Sexta-feira:
. Manhã:
. Seminário sobre Crise Econômica Internacional, suas conseqüências sobre os trabalhadores e a reorganização dos movimentos sociais. Atividade está inscrita pela CONLUTAS, mas buscando que a Intersindical também a promova.

. Tarde:
. Plenária Nacional de organização do Congresso Nacional dos Estudantes.

– Dia 31/1 – Sábado:
. Manhã:
. 2ª. Reunião do ELAC – Espaço Latino-Americano e Caribenho dos Trabalhadores.

. Seminário do GT de Negros (as) da CONLUTAS. Esta atividade deve destacar a questão da eleição de Obama, entre outros temas.

. Encontro dos Movimentos Populares que se organizam na CONLUTAS;

. Seminário do GT LGBT da CONLUTAS;

. Seminário sobre Meio Ambiente e a proposta dos socialistas revolucionários, promovido pelo PSTU (Revista Marxismo Vivo).

. Tarde:
. Seminário do GT de Mulheres da CONLUTAS;
. Seminário sobre o Haiti, atividade conjunta da CONLUTAS e do Jubileu Sul, entre outras entidades, terá a presença de Didier Dominique, do Batalha Operária, do Haiti.

– Dia 1º. de fevereiro – Domingo: encerramento
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