Durante o VI Congresso Nacional do PSTU, chegaram saudações e mensagens de diversos países. Vieram de organizações que, como nós, acreditam na luta revolucionária e na união dos trabalhadores do mundo para acabar com essa sociedade desigual, feita de ricos e pobres, e na construção de uma outra realidade, em que os trabalhadores ocupem seu lugar e não sejam mais explorados.

Leia, abaixo, algumas mensagens.

Saudações ao Congresso do PSTU

Queridos companheiros,

Em nome do Partido de Alternativa Comunista (PdAC), chegada Itália até vocês uma fraternal saudação e o augúrio que vosso Congresso possa se desenvolver proveitosamente.

Estamos seguros de que o Congresso do PSTU constituirá no só um ulterior passo para a consolidação e o crescimento de vosso partido, mas sobretudo da LIT-QI. É, ao mesmo tempo, um passo indefectível para a reconstrução da Quarta Internacional, cuja fundação completa este ano seu 70º aniversário.

No ano em que comemoramos o nascimento daquele embrião de partido mundial da revolução, fortemente querido por Trotsky, o PSTU e a LIT-QI se fortalecem e são capazes de lançar um grande desafio: o da reconstrução da Quarta Internacional. Se isso ocorre, há uma razão: enquanto outras organizações abandonam essa idéia, a necessidade histórica da construção do partido mundial da revolução é hoje ainda mais atual. E todos nós, que lutamos sob as bandeiras da LIT-QI por esse objetivo, temos de ser conscientes disso e multiplicar os esforços.

Nesse sentido, os companheiros do PdAC vos mandam os melhores votos revolucionários para que vosso Congresso se desenvolva com bons auspícios e tenha um esplêndido êxito.

Viva o PSTU!
Viva a LIT-QI!
Viva a IV Internacional!

Valerio Torre
Comitê Central do PdAC


Aos delegados do Congresso do PSTU

Queridos companheiros:

O conjunto da militância da LIT-CI espera com expectativas as deliberações de vosso congresso. O desenvolvimento do PSTU não é somente importante para o desenvolvimento da revolução brasileira, mas tem grande transcendência para a construção da LIT-CI.

Basta ver o papel que vocês estão cumprindo na construção da Conlutas e do Elac e, a partir disso, o processo de reorganização latino-americano para confirmar essa afirmação.

Porém, em relação à FOS, o PSTU tem uma incidência mais imediata. A uma longa história de colaboração, agrega-se, agora, uma direta e qualitativa participação no fortalecimento de nossa direção. Graças a esse apoio, que sabemos o esforço que significou, hoje estamos em condições muito mais favoráveis para enfrentar não somente os desafios da luta de classes, mas para fazer avançar a reconstrução do partido morenista da Argentina, que deu um passo adiante com a recente incorporação da seção do ex-CITO e que pode dar um salto caso se concretize o processo de fusão que estamos desenvolvendo.

(…)

Êxitos em vossos trabalhos e um grande abraço revolucionário.

VIVA O PSTU!
VIVA A LIT-QI!
VIVA A RECONSTRUÇÃO DA IV INTERNACIONAL!

Buenos Aires, 16 de março de 2008

Comitê Central da Frente Obrera Socialista (FOS)


Estimados companheiros,

Em nome da Esquerda dos Trabalhadores da Argentina, recebam uma saudação com os melhores desejos de êxito em vosso Congresso.

Estamos vivendo uma situação muito favorável para os trabalhadores e os povos da América Latina. Graças às enormes lutas operárias e populares, terminamos com as ditaduras que vestiram de luto nosso continente e, depois, terminamos com uma onda de governos neoliberais nos anos 90, como Cardoso e Menem. O resultado foi que, em quase todos os países de nosso continente, subiram governos populistas, nacionalistas, frente-populistas, como Lula, Chávez, Kirchner e Evo Morales.

Estes governos são duplamente perigosos, porque sobem como produto do ascenso e enganam a nossos povos com a demagogia nacionalista e antiimperialista. Vociferam contra “Satanás” Bush, ou se distanciam das ações de guerra de Uribe, o Bush latino-americano. Porém o fazem para melhor defender os interesses do império, como demonstrou a recente crise entre a Colômbia e o Equador: todos, Chávez, Lula, Kirchner, se negaram a condenar a Uribe, legitimaram sua sanguinária repressão contra as Farc dentro das fronteiras colombianas e se comprometeram a combatê-las em seus territórios.

Estes fatos provocaram uma divisão de águas na esquerda latino-americana: de um lado, uma grande leva de organizações trotskistas, começando pelo PSOL brasileiro e o MST da Argentina, capitularam abertamente a estes governos, enquanto outras correntes menores adotam posições centristas, como apoiar “medidas progressivas” desses governos.

Por outro lado, abre-se a possibilidade de um reagrupamento das correntes e dos partidos que sustentamos uma posição conseqüente e revolucionária frente a esses governos, como expressa a aproximação da LIT-CI de novas organizações, como o CITO, o PdAC e outros grupos. Por isso, não é casual que hoje após mais de 15 anos de separação, nós da IT voltemos a coincidir com os companheiros do PSTU na LIT-CI.

A IT nasceu como produto de una dura luta para manter uma política conseqüente contra Chávez, Lula, Morales e, por isso, mais de 150 camaradas, muitos deles formados no glorioso PST ou no PRT, com décadas de militância e com importantes trabalhos sindicais em docentes, condutores, construção e outros, fomos expulsos da UIT-CI.

Sobre a base desta coincidência fundamental, conformamos, na Argentina, o Comitê de Enlace com a FOS e temos recebido a solicitude de outros grupos para unirem-se a este Comitê de Enlace, na perspectiva de um partido comum no marco da LIT-CI, perspectiva na qual também nos acompanham os camaradas da Rússia e da Bielo-Rússia. Nós vemos isso como os primeiros passos, porque estamos seguros de que, ao crescer a luta dos trabalhadores contra os Kirchners, os Lulas, os Chávez e os Morales, surgirão outros agrupamentos que têm posições revolucionárias e a eles deveremos nos dirigir.

Temos diferenças, temos muitas discussões a fazer. Sabemos que o caminho tem seus obstáculos, mas a impressão que nos deu a reunião do Comitê Executivo Internacional da LIT-QI, em fevereiro, para a qual fomos convidados, é que a LIT-QI é uma organização viva, democrática, que se propõe a fazer importantes campanhas, como a do Encontro Latino-Americano, e que tem um partido como o PSTU, que hoje por hoje é o partido trotskista mais forte da América Latina.

Moreno costumava dizer que era tão internacionalista que, se pudesse, não duvidaria em mudar o MAS para o Brasil. De uma forma mais dolorosa, e seguramente não da forma como ele queria, pela tremenda crise e desagregação do MAS, a realidade é que hoje o PSTU é o principal partido morenista, e temos de reconhecer que esse grande mérito é dos companheiros brasileiros e da LIT-QI.

Estamos começando a reverter a crise de nossa corrente, estamos começando a somar ao invés de restar e, não temos dúvidas, seguirmos fazendo-o.

Enviamo-lhes nossa mais afetuosa saudação, com a certeza de que já nos sentimos parte da mesma organização internacional, a LIT-QI de Nahuel Moreno.

Buenos Aires, 19 de março de 2008

Comitê Executivo
Izquierda de los Trabalhadores


Saudações do Partido Socialista dos Trabalhadores da Colômbia

Ao Congresso do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

Companheiros delegados ao Congresso, recebam a saudação fraternal em nome da direção nacional e da militância do Partido Socialista dos Trabalhadores da Colômbia. Lamentavelmente, a falta de tempo não nos permitiu estudar e discutir os materiais preparatórios de seu congresso, manifestando nossas opiniões, colaborando assim na elaboração coletiva para orientar à que agora é nossa seção irmã neste país.

Esperamos que a discussão e as conclusões do congresso permitam fortalecer a atividade militante e a luta contra o governo de Lula, o que por sua vez fortalecerá a construção deste forte partido de vanguarda (…).

A luta conseqüente contra o governo de frente popular de Lula é o elemento que tem marcado a diferença do PSTU com o restante das correntes e partidos de esquerda de seu país, que terminaram capitulando e no passaram por esta prova. Por isso o PSTU pode postular-se como o embrião de direção revolucionária que necessita o proletariado brasileiro na perspectiva da revolução socialista.

Mas o PSTU não é apenas um projeto nacional também tem se destacado pelo grande esforço na construção da organização internacional dos trabalhadores. (…)

Esperamos com muito entusiasmo as conclusões do congresso,

Fraternalmente,

Comitê Executivo do Partido Socialista de los Trabajadores – Colômbia


Com algum atraso, recebam as saudações do POI (Partido Operário Internacionalista), seção russa da LIT-QI, ao congresso do PSTU.

O PSTU é hoje o maior partido da esquerda revolucionária mundial e, assim, tem responsabilidades não só com a classe operária brasileira, mas com a classe operária de todo o mundo.

O congresso do PSTU tem grande importância para a construção da LIT na Rússia. O PSTU e sua política, em especial a formação da Conlutas, são acompanhados com interesse pela vanguarda russa. Nós somos uma pequena organização aqui, e quem se aproxima de nós e ingressa ao partido, o faz pela Internacional. O faz por querer fazer parte de uma organização que luta conseqüentemente pelo socialismo em todo mundo e, em especial, na América Latina. Nossa política contra as direções oportunistas e traidoras como o PT e a CUT, e contra os governos de Frente Popular como o de Lula, impacta às demais organizações de esquerda daqui. Do sucesso do PSTU e da LIT depende o sucesso do POI.

Desejamos um pré-congresso vitorioso, onde as inevitáveis diferenças sejam debatidas e sejam votadas as melhores linhas partidárias, tanto política como de construção, corrigindo o que for necessário. Um congresso que faça jus à grande responsabilidade que têm vocês perante a classe operária mundial.

Um grande abraço!
Viva o PSTU!
Viva a LIT!

POI da Rússia


Queridos camaradas do PSTU,

Da Bélgica, queremos saúda-los em seu Congresso.

Não ignoramos o grande desafio, a imensa responsabilidade que lhes cabe nestes momentos em que a luta em seu país e em toda a América Latina pede, aos gritos, uma direção à altura das circunstâncias. Também aqui na Europa, imerso na triste realidade dos partidos que abandonam a perspectiva da revolução mundial para refugiarem-se num mesquinho “anticapitalismo” de palavras e uma colaboração de classes nos fatos, como a nova formação na França ou o maior partido da extrema esquerda em nosso país, há vocês, que olham com expectativa sua política de dirigir-se resolutamente à classe operária para construir em seu seio a direção revolucionária necessária, uma direção para tomar o poder.

O exemplo do Elac Transcende, certamente, as fronteiras de seu continente, por mais que a realidade de uma iniciativa dessa índole no “velho continente” ainda está “de fraldas”. Por outro lado, seu Congresso coincide, também, com o quinto aniversário da invasão do Iraque, que deu lugar a manifestações por todas as partes do mundo, em que a defesa incondicional de luta de liberação dos povos encontra sérias resistências em partidos que algum dia de consideraram revolucionários.

Neste tema, também esperamos do PSTU, como maior seção de nosso partido internacional, a LIT-QI, uma orientação para nossa classe.

Nós, da Liga Comunista dos Trabalhadores, lhes desejamos o maior êxito em suas deliberações e que avence a afirmação revolucionária do PSTU como contribuição à construção da LIT-QI e, daí, a reconstrução da IV Internacional de Trotsky e de Moreno.

Bruxelas, 18 de março de 2008

Direção da Liga Comunista dos Trabalhadores


Saudação

Camaradas,

Antes de tudo gostaria de agradecer à Internacional e ao partido de me confiar a responsabilidade para desenvolver a tarefa de divulgar o nosso projeto político-programático e de construção o seio de outra organização na França.

Dos alertas, das possibilidades e dos limites para desenvolver o trabalho, durante as discussões preparatórias, antes da partida e durante o processo, as principais foram confirmadas. Outras não. Precisamos continuar estudando.

Gostaria de socializar as experiências, porém, por razão alheia a nós, não foi possível um retorno a tempo de ajudar na organização do evento que se inicia.

A primeira constatação que saltou aos meus os olhos quando cheguei, foram a adaptação das organizações ditas revolucionária ao regime democrático burguês, principalmente, no abandono à construção de uma INTERNACIONAL centralizada democraticamente, ao SINDICALISMO de COMBATE, enfim à capitulação ao ELEITORALISMO vulgar. Todas, sem exceção, caíram no ralo da história.

Porém foi muito gratificante ouvir de jovens que co-organizam os processos de luta soltar frases assim: “já sei o que vieste fazer aqui: procurar os germes revolucionários”. Ou, então, “passei pelo site da LIT-QI e vi poucos textos de Moreno em francês, se quiseres posso ajudar a traduzir”. E de trabalhadores: “não temos nenhuma dúvida de que vocês são uma corrente INTERNACIONALISTA e respeitamos o vosso esforço, trabalho e ousadia”.

Enfim, sem se apoiar no desenvolvimento da reconstrução da Quarta Internacional e no trabalho desenvolvido pela Conlutas no campo nacional e internacional não nos encontraríamos no patamar de construção atual na região. Bravo camaradas!

Bom estudo e tenham um debate franco e leal no marco da relação de camaradagem!

Viva o Congresso do PSTU, seção da LIT-QI!
Viva a Revolução Socialista Mundial!
Viva a Revolução nas América!
Viva o ELAC!

Asnières-sur-Seine, França, 16 de março de 2008

Pedro Palikura